Depois de a primeira catástrofe natural se ter abatido sobre os nepaleses, o mês de maio trouxe novo abalo, tendo matado mais de 125 pessoas. A maioria perdeu a vida no Nepal, havendo registos da morte de perto de vinte pessoas na Índia, num dos locais mais pobres do páis e de uma outra na China.
Contaram-se mais de 2000 feridos e milhares de milhões de euros em estragos, tendo havido um pedido de ajuda internacional para a reconstrução do país, um dos locais mais altos do mundo.
Raquel Ramalho Lopes, Luís Moreira - RTP (13 de maio)
A Organização das Nações Unidas previu que mais de oito milhões de pessoas naquela região tenham sido afetados, havendo necessidade de mais de três milhões de alimentos e três centenas de milhares de dólares para salvar o país de males maiores.
Este foi o maior terramoto registado no Nepal nos últimos 80 anos e o pior na última década na região dos Himalaias. Em 2005, um sismo matou mais 84 mil pessoas em Caxemira.
Nepaleses sentem catástrofe a dobrar
O primeiro grande choque para o país asiático surgiu a 25 de abril de 2015. Passava pouco das sete da manhã em Lisboa, e a região a noroeste de Katmandu sofreu um forte abalo, de magnitude 7,9 na escala de Richter, que destruiu inúmeras aldeias e vilas circundantes.
A destruição causada pelo abalo (estima-se que teve duração de 30 segundos a dois minutos) causou uma catástrofe proporções calamitosas, ao contarem-se mais de 8 mil mortos e 22 mil feridos.
Pedidos de ajuda para a reconstrução
Os distritos mais afetados são os de Sindhupalchowk, região a norte da capital nepalesa, Katmandu. O Governo nepalês estimou que perto de 300 mil casas tenham sido destruídas com o impacto do terramoto.
Segundo a Comissão de Planificação Nacional são precisos mais de seis mil milhões de euros para recuperar dos estragos causados por dois tremores de terra de tão alta intensidade.
Helena Sousa e Silva, Nuno Castro, Tiago Passos - RTP (4 de junho)
Em termos de destruição de habitações, contam-se milhões de prejuízos, mais precisamente três mil e quinhentos milhões, para a reabilitação de lares completa ou parcialmente destruídos.
Sendo um dos países mais visitados na Ásia, o turismo sofreu também um grande revés, sofrendo um impacto direto de mais de 800 milhões de euros. Os estragos no meio ambiente e floresta estão quantificados em 340 milhões.
No pico mais alto do mundo
Nesta zona do continente asiático está o ponto mais alto do mundo. O Monte Evereste também sofreu mudanças com os fortes tremores de terra que afetaram o Nepal.
A imprensa chinesa chegou mesmo a noticiar que o pico mais alto do mundo moveu-se três centímetros para sudoeste, apenas com o abalo registado a 25 de abril.
Isto numa altura, revela a Administração Nacional de Topografia, em que o Evereste se movia na direção contrária, à velocidade de quatro centímetros por ano.
Morreram mais de 1.100 pessoas na manhã deste sábado, no Nepal. Um sismo de magnitude 7.9 na escala de Ritcher destruiu vários edifícios e foi sentido num raio de oitocentos quilómetros desde a capital, Katmandu.