Mais de 30.000 deslocados por desastre nuclear no Japão podem voltar a casa em Fukushima

por Lusa

O Japão vai levantar hoje e no sábado a ordem de evacuação em mais quatro áreas de Fukushima afetadas pela radiação do acidente nuclear de 2011, o que permitirá o regresso a casa de cerca de 32.000 deslocados.

O Executivo retirou hoje as restrições de entrada em várias zonas das cidades de Kawamata e Namie e da localidade de Iitate, e no sábado vai adotar a mesma medida em Tomioka, o que faz com que as zonas de acesso proibido seriam reduzidas a um terço das decretadas originalmente.

O porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, disse em conferência de imprensa que não é claro o número de pessoas interessadas em regressar a casa, atendendo ao ocorrido noutras localidades, em que as populações já foram autorizadas a regressar às zonas afetadas pelo terramoto e tsunami de 11 de março de 2011, mas foram registadas descidas de população na ordem dos 70%.

Mais de 50% dos deslocados não desejam voltar às suas habitações por receio dos efeitos da radiação ou por estarem já há anos instalados noutros locais, segundo dados da Agência Nacional de Reconstrução.

Onze municípios da região de Fukushima (sudoeste) foram alvo de ordens de evacuação do Governo após tarefas de limpeza e descontaminação empreendidas pelas autoridades.

O Executivo nipónico tinha como objetivo levantar a totalidade das restrições -- à exceção das que afetam as "zonas de difícil regresso", ou seja, as mais contaminadas -- no final do ano fiscal, que termina hoje.

No entanto, nas cidades de Okuma e Futaba, onde está localizada a central, mantém-se a proibição.

Cerca de 40.000 pessoas continuam deslocadas devido ao segundo pior acidente nuclear na História, a seguir ao desastre de Chernobil (1986), desencadeado pelo sismo e tsunami de 11 de março de 2011.

 

 

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