A Organização Mundial da Saúde iniciou um processo de definição de novas prioridades com a fixação do limite de um ano para os contratos de trabalho, segundo um memorando interno divulgado esta terça-feira. Para já, não são anunciados cortes imediatos de pessoal: o objetivo é tornar a agência da ONU mais sustentável após a retirada dos Estados Unidos.
Desde o anúncio da retirada norte-americana, em janeiro, pela mão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a OMS foi forçada a tomar uma série de medidas para reduzir custos. Em causa está um corte de cerca de um quinto do seu financiamento anual global proveniente de Washington.
Nas últimas semanas, os altos funcionários da agência enceteram um trabalho de "definição de prioridades" para tornar a OMS sustentável, que culminou na assinatura de um memorando, anunciou a organização num comunicado citado pela agência Reuters.
"Enquanto operam num ambiente extremamente fluido, os quadros
superiores da OMS estão a trabalhar para navegar nestas marés
inconstantes, empreendendo um processo de definição de prioridades", Lê-se no memorando.
O memorando, assinado a 10 de março pelo diretor-geral adjunto da OMS, Raul Thomas, define o limite de um ano para os contratos de trabalho.Esta nova medida surge uma semana após de ter sido anunciado a opção de reforma voluntária antecipada a qualquer funcionário da OMS que esteja elegível, isto é que tenha mais de 55 anos e manifeste interesse em sair até 15 de julho.
"O seu trabalho assegurará que todos os recursos sejam direcionados para as prioridades mais prementes, preservando ao mesmo tempo a capacidade da OMS de ter um impacto duradouro", argumenta o documento.
Segundo a OMS, após o corte do maior financiador, que durará pelo menos 12 meses, os funcionários da organização estão a trabalhar para procurar novo financiamento de países, doadores privados e filantropos. Donald Trump não descartou a possibilidade de os Estados Unidos voltarem a entrar na Organização Mundial da Saúde.
Até ao momento a OMS não anunciou cortes imediatos de pessoal, mas reconhece que, "dada a magnitude dos desafios que enfrentamos, algumas decisões difíceis são inevitáveis".
c/ Reuters
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