Marrocos repatria da Síria oito dos seus `jihadistas`

por Lusa

O Governo de Marrocos repatriou hoje oito cidadãos do país que se encontravam na última zona da Síria que permanece sob controlo do grupo Estado Islâmico (EI), onde decorre um êxodo massivo de `jihadistas`.

Num breve comunicado, o executivo de Rabat assinalou que esta operação se reveste de "caráter humanitário" e permitiu aos seus nacionais regressar ao país "em total segurança".

O Ministério do Interior esclareceu que os retornados da Síria nesta última operação, sobre quem não foram fornecidos mais detalhes, serão objeto de "investigações judiciais por alegado envolvimento em atos relacionados com terrorismo", dando a entender que vão permanecer detidos.

No último reduto `jihadista` de Al Baguz, pequena localidade entre a Síria e o Iraque, decorre um "êxodo massivo" até 25.000 pessoas nas duas últimas semanas, segundo referiu no sábado Filippo Grandi, o máximo responsável da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR).

Em maio, o chefe do organismo antiterrorista marroquino, Abdelhak Jiam, assegurou que centenas de `jihadistas` da Síria já regressaram a Marrocos, e enfrentam penas de 10 a 15 anos de prisão segundo a última reforma do Código Penal aplicada precisamente para punir o delito de envolvimento numa zona de conflito para praticar a `jihad`.

Desde o início da guerra na Síria em 2011, calcula-se que 1.500 marroquinos viajaram para o país do Médio Oriente com o objetivo de se integrarem nas fileiras do EI, da Al-Qaida ou de outras formações `jihadistas`, tornando-se numa das nacionalidades com mais voluntários na `jihad`.

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