Milhares nas ruas de Madrid contra discriminação no confinamento

por RTP

Milhares de habitantes da capital espanhola saíram à rua contra a discriminação de que se sentem alvo, devido ao novo confinamento que irá ser imposto aos seus bairros, para conter a disseminação do vírus SARS-CoV-2.

A partir de segunda-feira entram em vigor novas limitações severas à liberdade de movimentos em vários bairros de Madrid, destinadas a tentar conter a segunda vaga da pandemia.

As novas quarentenas vão ser aplicadas predominantemente em áreas de baixo rendimento e com taxas elevadas de população migrante.

Os manifestantes, que protestaram em 12 dos 37 bairros abrangidos, dizem que estão a ser atingidos por serem mais pobres.

Exigem igualmente maiores medidas de controlo sanitário generalistas que impeçam este tipo de confinamento.

Os habitantes das zonas abrangidas, cerca de 850 mil pessoas, o equivalente a 13 por cento da população regional, não poderão sair do seu bairro excepto para ir trabalhar, ir ao médico ou levar os filhos à escola.

Poderão circular livremente apenas dentro do seu bairro. A entrada nesses mesmo bairros, excepto por razões de primeira necessidade, será proibida.

Anunciadas sexta-feira, as medidas estarão em vigor ao longo de, pelo menos, duas semanas.
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