Nova presidente do parlamento timorense quer união de esforços para desenvolver país

por Lusa

A nova presidente do Parlamento timorense, Maria Fernanda Lay, disse hoje que é necessária a máxima união de esforços para responder às aspirações da sociedade, reavivar a economia e garantir o desenvolvimento nacional.

"O povo está à espera, precisamos de desenvolvimento, criar empregos e reavivar a economia. E para isso é preciso estabilidade. Vamos trabalhar juntos com os outros partidos", afirmou Maria Fernanda Lay à Lusa nas primeiras declarações depois de assumir funções.

"Precisamos de dignificar esta instituição com as nossas atitudes e cumprir e fazer cumprir a constituição e as leis. Temos de ser o modelo para os outros poderem cumprir", vincou.

Maria Fernanda Lay foi eleita com 45 votos a favor, 19 abstenções e um voto em branco, na sessão de arranque da 6.ª legislatura e em que tomaram posse os novos 65 deputados eleitos.

"Espero poder trabalhar com os outros partidos, mesmo da oposição, para o processo de descentralização", explicou à Lusa.

"Identifiquei programas de prioridade para poder ter o mesmo ritmo que o Governo. Temos de fazer alterações a algumas legislações. É necessário trabalhar fortemente e estamos prontos para esta jornada", disse.

Momentos antes, depois de ser eleita e no discurso inaugural, Lay disse sentir orgulho de poder contribuir para o processo democrático, vincando que é preciso maturidade, "gerir as diferenças" e, no caso do parlamento, "consolidar os instrumentos legais para responder às exigências do povo".

"Comprometo-me a dar continuidade a trabalho desempenhado pelo presidente cessante, mantendo a comunicação aberta com todos, com todas as bancadas para consolidar o funcionamento do órgão legislativo", disse.

"O parlamento tem que ser um órgão do povo, tem que dignificar-se como órgão legislativo e com uma política que aposte no desenvolvimento inclusivo", sublinhou.

Fernanda Lay comprometeu-se a manter e fortalecer as relações com todos os órgãos de soberania, com outras instituições, `media` e organizações da sociedade civil, além do reforço dos laços internacionais do parlamento com organizações como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e outras.

"Apelou a todas as estruturas do parlamento para que colaborem e trabalhem em conjunto, com desempenho de qualidade, dedicação, profissionalismo. O povo quer melhorias de vida e o Estado exige recuperar a economia de Timor-Leste criando oportunidades de emprego para os jovens, ambiente de negócio saudável para o setor privado", disse.

"O parlamento nacional deve ser uma instituição catalisadora disto", considerou.

O próximo passo no parlamento será a eleição, a 26 de junho, das eleições para os restantes cargos da mesa do Parlamento Nacional.

A 29 de junho, o Presidente, José Ramos-Horta, terá a primeira reunião com o primeiro-ministro indigitado, Xanana Gusmão, bem como outros elementos dos dois partidos do executivo.

No dia seguinte, José Ramos-Horta assina o decreto de nomeação do IX Governo Constitucional que toma posse no dia 01 de julho no Palácio Presidencial em Díli.

 

 

 

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