Novas sanções dos EUA contra indústria de `drones` do Irão

por Lusa

Os Estados Unidos reforçaram hoje as sanções ao Irão, visando novamente a indústria de `drones` militares, em paralelo com sanções semelhantes impostas por Otava e Londres, quase duas semanas após o ataque de Teerão a Israel.

Estas sanções económicas têm como alvo "mais de uma dúzia de entidades, pessoas e navios que desempenharam um papel central na facultação e no financiamento da venda clandestina de `drones` (aeronaves não-tripuladas) iranianos pelo Ministério da Defesa iraniano", anunciou o Departamento do Tesouro norte-americano.

A empresa Sahara Thunder, em particular, é visada pela Autoridade de Supervisão Financeira (OFAC) do Departamento do Tesouro, acusada por Washington de ser "a principal empresa de fachada que supervisiona as atividades comerciais [do Ministério da Defesa iraniano] para apoiar estas ações".

"A Sahara Thunder também desempenha um papel fundamental na conceção, no desenvolvimento, no fabrico e na venda de milhares de `drones` pelo Irão, muitos dos quais acabaram por ser transportados para a Rússia para serem utilizados na sua guerra contra a Ucrânia", acrescentou o Tesouro norte-americano.

A OFAC "sanciona igualmente duas empresas e um navio envolvidos no transporte de produtos iranianos para a Sepehr Energy Jahan Nama Pars, que também desempenha um papel de primeiro plano nas atividades comerciais do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas".

"Paralelamente a esta ação, o Reino Unido e o Canadá estão a impor sanções a várias entidades e pessoas envolvidos na compra de `drones` pelo Irão e noutras atividades militares ligadas ao Exército iraniano", indicou o Tesouro.

"O Ministério da Defesa iraniano continua a destabilizar a região e o mundo ao apoiar a guerra russa na Ucrânia, o ataque sem precedentes a Israel e a proliferação de `drones` e de outros equipamentos militares perigosos destinados aos terroristas", declarou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Serviço de Informações Financeiras, Brian Nelson.

Na quarta-feira, o Irão classificou como "infundadas" várias sanções norte-americanas por "ciberataques maliciosos", realizados, segundo Washington, "em nome do comando cibereletrónico dos Guardiões da Revolução", o Exército ideológico da República Islâmica.

Na noite de 13 para 14 de abril, o Irão lançou mais de 350 `drones` e mísseis sobre Israel, quase todos intercetados em voo. Teerão justificou esse ataque como uma retaliação a um ataque mortal ao consulado iraniano em Damasco, Síria, que foi imputado a Israel.

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