- A cidade de Odessa sofreu um ataque ao porto e outro a uma ponte estratégica esta segunda-feira. As autoridades ucranianas confirmaram a morte de um jovem na sequência dos ataques russos. O bombardeamento atingiu uma igreja e um edifício residencial
- Odessa esteve sob recolher obrigatório durante todo o dia, quando se assinalou o aniversário do conflito entre pró-europeus e pró-russos em 2014
- Vários civis terão ficado feridos em bombardeamentos em Kherson
- A ONU confirmou a morte de 3.153 civis desde o início da guerra
- A procuradora-geral da Ucrânia anunciou que a polícia conseguiu identificar o “primeiro suspeito” relacionado ao massacre de civis me Bucha, na região de Kiev
- O embaixador dos EUA na OSCE acusa a Rússia de querer anexar Donetsk e Lugansk
Foram já enviados mais de 5.000 mísseis antitanque e cinco sistemas de defesa aérea, além de outras munições e explosivos desde a invasão da Rússia em 24 de fevereiro.
A Rússia disse na semana passada que os países da NATO estavam de fato envolvidos numa guerra por procuração, ao fornecerem armas à Ucrânia.
"Falou-se numa entrevista, mas foi realmente um comício. Temos que nos questionar se é aceitável convidar uma pessoa que pede para ser entrevistada sem qualquer contradição. Isso não é muito profissional", apontou o chefe do governo italiano.
Draghi falava aos jornalistas após o Conselho de Ministros onde foi aprovado um pacote no valor de 14 mil milhões de euros para ajudar famílias e empresas face à subida dos preços em Itália.
"Em Itália, há liberdade para expressar opiniões, mesmo quando são obviamente falsas e aberrantes. O que [Sergei] Lavrov disse é aberrante. E quanto à parte em que se refere a Hitler, é realmente obsceno", sublinhou.
A entrevista, com a duração de cerca de 50 minutos, foi promovida por um canal de televisão do grupo Mediaset, da família do ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
Lavrov assegurou durante a entrevista que o objetivo da invasão russa é "desnazificar" a Ucrânia e, quando questionado sobre as origens judaicas do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lembrou que o ditador nazi, Adolf Hitler também as tinha.
"Isso não significa nada. Por muito tempo ouvimos o sábio povo judeu dizer que os antissemitas também são hebreus", referiu o ministro russo.
As declarações motivaram críticas por parte da comunidade judaica, com o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, a convocar o embaixador russo em Israel "para uma reunião de esclarecimento".
Também a comunidade judaica em Roma considerou esta segunda-feira as declarações como antissemitas.
Já o diretor-geral de informação da Mediaset, Mauro Crippa, defendeu a importância da entrevista porque "é um documento que fotografa a história contemporânea", embora tenha admitido que as declarações de Lavrov foram "delirantes".
"Alguém deve ter ativado uma linha da Crimeia para Kherson", adiantou o diretor de análise de Internet da Kentik Inc. Doug Madory considerou a situação "estranhamente semelhante" à que aconteceu após a Rússia ter anexado a Crimeia em 2014.
O monitor de Internet Netblocks acrescentou que o tráfego na região de Kherson tinha sido redirecionado na noite de domingo pela Rostelecom, controlada pelo Estado russo, após uma interrupção de um dia.
No domingo, autoridades ucranianas disseram que as comunicações de Internet e telemóvel foram cortadas numa grande área da região portuária e parte da região de Zaporijia e culparam a Rússia.
Os responsáveis ucranianos atribuíram as interrupções a quebras nos cabos de 'backbone' de fibra ótica e a uma queda de energia.
O Serviço de Comunicação Especial do Estado ucraniano disse que o Kremlin alegou falsamente que o Governo da Ucrânia havia ordenado a desconexão.
Num comunicado, a entidade referiu que a interrupção era "outra tentativa de deixar os ucranianos sem acesso às informações verdadeiras", sugerindo que Moscovo estava a preparar-se para cimentar o controlo político introduzindo o rublo russo como moeda e realizar um "possível referendo falso".
A Rússia continua a sua ofensiva no sul da Ucrânia, com o objetivo de ocupar toda a região de Kherson - importante porto do Mar Negro e do rio Dniepre e sede de várias empresas da indústria naval -, onde os moradores estão a ser pressionados para aceitar as tropas de ocupação como legítimas, segundo Kiev.
Iryna Venediktova disse tratar-se de Sergéi Kolotsei, comandante da Guarda Nacional Russa (Rosgvardyia), segundo uma mensagem publicada no Twitter.
“A polícia estabeleceu que em 18 março ele matou quatro homens desarmados e depois torturou um civil e o submeteu a uma execução simulada”, disse a procuradora.
O suspeito foi capturado através de câmaras de segurança, enquanto enviava produtos roubados para a cidade russa de Ulyanovsk, no oeste do país, acrescentou.
Um total de 1.202 corpos de civis foram recuperados até o momento em cidades da região norte de Kiev que estavam sob ocupação russa até o final de março, disse o chefe da polícia da capital ucraniana, Andriy Nebitov, neste fim de semana.
As imagens registadas após a retirada do Exército russo de Bucha deram a volta ao mundo, mostrando corpos de dezenas de civis, muitos deles algemados, que estavam abandonados nas ruas há vários dias.
Habitantes de Bucha que ficaram presos na cidade durante o período de controlo russo falaram de execuções sumárias de civis, às vezes arbitrariamente ou sob qualquer pretexto.
No subúrbio de Kiev, também foram encontradas várias valas comuns com centenas de mortos, a última das quais, descoberta no sábado passado, continha os corpos de três homens com sinais de tortura, segundo Nebitov.
"Os russos insistem na neutralidade e, para nós, o mais importante é a libertação do Donbass e de todos os territórios temporariamente ocupados, bem como da península da Crimeia, que também está ocupada", referiu Zelensky, em entrevista ao canal de televisão saudita Al Arabiya.
Volodymyr Zelensky acusou novamente Moscovo, que exige que a Ucrânia se comprometa a não aderir à NATO e a permanecer neutra, de tentar dividir o seu país através de um referendo nos territórios ocupados, tal como ocorreu na Crimeia, em 2014, quando esta península foi anexada pelos russos.
Um rapaz de 14 anos foi morto e uma menina de 17 anos ficou ferida num ataque com mísseis no porto de Odessa, no sul, lamentou o presidente da Ucrânia.
Volodymyr Zelenskiy confirmou que o míssil atingiu um dormitório.
"Como é que estas crianças e o dormitório ameaçaram o Estado russo?", questionou o presidente ucraniano no habitual vídeo noturno.
Anteriormente, o secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Oleksiy Danylov, foi citado pelos meios de comunicação social a referir que o ataque também atingiu uma igreja, destruindo o telhado.
Moscovo ainda não teceu comentários sobre o ataque.
Michael Carpenter admite que a Rússia pretenda fazer o mesmo em Kherson, onde já está a impor o rublo como moeda oficial.
"Os relatórios afirmam que a Rússia planeia organizar referendos em meados de maio", declarou aos jornalistas, mencionando ainda que as informações "são altamente confiáveis”.
"Devemos agir com urgência", sustentou Michael Carpenter, sem dar mais detalhes sobre a reação ocidental.
O Congresso norte-americano vai aprovar uma resolução que dá poderes à Casa Branca para recorrer diretamente ao uso de tropas, caso a Rússia utilize armas de destruição massiva (ADM) contra a Ucrânia. Joe Biden prometeu continuar a enviar ajuda militar e a indústria norte americana de armamento já está a entregar a Kiev tecnologia inédita.
Israel exige à Rússia um pedido de desculpas depois das últimas declarações de Sergei Lavrov. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Putin comparou o presidente da Ucrânia a Hitler, ao afirmar que Adolf Hitler tinha sangue judeu tal como Zelensky. Israel fala numa declaração imperdoável e ultrajante.
Já estão em Zaporizya os primeiros civis que conseguiram sair no sábado de Mariupol. Não fazem parte da caravana humanitária da ONU mas aproveitaram o cessar fogo para fugir e descrevem um cenário de terror.
Ao final da tarde um míssil atingiu novamente o aeroporto militar, tendo feito duas vítimas conhecidas até aqui e quatro feridos mais ligeiros. A defesa antiaérea ucraniana conseguiu, por seu lado, destruir dois drones.
Calcula-se que haja mais de 40 drones por hora a sobrevoarem Odessa.
O chefe do Estado-Maior do Exército russo esteve na semana passada na frente de combate na região do Donbass, referiu hoje fonte do Pentágono, sem confirmar os rumores de que Valery Guerassimov terá sido ferido no leste da Ucrânia.
"O que podemos confirmar, é que sabemos que durante vários dias na semana passada esteve no Donbass", adiantou um alto funcionário do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos, que falou sob a condição de anonimato.
Um assessor do ministro do Interior ucraniano, Anton Guerashchenko, referiu no domingo que muitos oficiais russos foram atingidos por uma "explosão" em Izium, no leste da Ucrânia, acrescentando que o general Valery Guerassimov estava no local.
Mas outro assessor do Ministério do Interior, Viktor Androussiv, afirmou, em declarações à televisão ucraniana, que o general não sofreu ferimentos.
"Temos a confirmação de que ele esteve lá, na região de Izium (...). Temos algumas confirmações de que ele não ficou ferido", referiu.
(Agência Lusa)
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, condenou hoje os comentários do ministro do Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, nos quais sugeriu que Adolf Hitler tinha origens judaicas.
"São ridículos e inaceitáveis", disse Trudeau aos jornalistas em Windsor, Ontário. "O que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia acabou de dizer é inacreditável".
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "adoraria visitar a Ucrânia", mas não tem planos nesse sentido de momento, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, depois de a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ter feito uma visita surpresa a Kiev.
Psaki garantiu que a Casa Branca continuará a avaliar a situação na Ucrânia e salientou o objetivo do Governo Biden de reabrir a embaixada dos EUA e voltar a ter diplomatas norte-americanos no local.
"E eu sei que o presidente adoraria visitar a Ucrânia, mas não há planos nesse sentido neste momento", acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, sublinha porém que, na generalidade, os ucranianos que procuraram refúgio em Portugal estão a ser bem recebidos.
O porto de Odessa, no mar Negro, foi hoje alvo dos mísseis das forças invasoras russas, revelou o governador da região do sudoeste da Ucrânia, adiantando que o ataque causou um número indeterminado de mortos e feridos.
"Um ataque de míssil em Odessa danificou um prédio onde estavam cinco pessoas. Um menino de 15 anos morreu, outra criança menor foi levada ao hospital", anunciou Maksym Marchenko na rede social Telegram.
O governador disse ainda que outras infraestruturas foram atingidas no ataque russo.
O primeiro-ministro, António Costa, vai reunir-se com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal, na quarta-feira, por videoconferência, tendo as conversações como temas centrais as relações bilaterais e a guerra provocada pela invasão russa da Ucrânia.
Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de António Costa, a reunião entre os dois primeiros-ministros decorrerá às 11h30 horas de Portugal continental.
De acordo com a mesma nota, na quinta-feira, o primeiro-ministro português participará, também por meios digitais, na Conferência Internacional de Doadores de Alto Nível para a Ucrânia, que terá lugar em Varsóvia.
"A iniciativa é coordenada pelos primeiros-ministros da Polónia e da Suécia, em parceria com os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia", refere-se.
O embaixador Andrij Melnyk apelou a que os estivadores da Alemanha recusem descarregar o navio Advantage Point, proveniente da Rússia com um carregamento de produtos petrolíferos e produtos químicos, que desde sábado se encontra no porto de Rostock.
Estava previsto que o navio fosse descarregado na segunda ou na terça-feira, segundo informações apuradas pelo Spiegel online. No entanto, o embaixador lançou diversos apelos visando impedir o cumprimento do plano.
Ao Spiegel, declarou Melnyk: "Apelo ao Governo da coligação 'semáforo' [verde, vermelho e amarelo], a todos os governos regionais, bem como a todos os portos alemães, a que boicotem todos os navios russos ou navios com carregamento russo".
E acrescentou: "Ao estivadores do porto de Rostock e dos outros portos alemães, quero apelar muito em especial, para que bloqueiem o descarregamento de mercadorias russas. Estas medidas devem levar a que a máquina de guerra russa seja atingida no coração e a que seja travada mais rapidamente a guerra de extermínio contra a Ucrânia".
A Comissão Europeia admitiu hoje que "qualquer Estado-membro" da União Europeia (UE) pode seguir-se à Bulgária e à Polónia no corte de gás pela energética russa Gazprom, pedindo planos de contingência para eventual rutura total no fornecimento.
"A decisão da Gazprom, de suspender o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária, marca um ponto de viragem na atual crise e é uma violação injustificada dos contratos existentes e um aviso de que qualquer Estado-membro pode ser o próximo", disse a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.
Falando em conferência de imprensa após o Conselho extraordinário de ministros da Energia da UE, em Bruxelas, Kadri Simson vincou que a Gazprom "demonstrou que não é um fornecedor de confiança e isso significa que todos os Estados-membros têm de ter planos [de contingência] para uma rutura total".
E, de acordo com a responsável europeia pela tutela, os países da UE já se estão a preparar, aumentando os níveis de armazenamento de gás. "A nossa prioridade deve agora ser a preparação para qualquer perturbação dos fluxos", vincou Kadri Simson.
Equipas de trabalhadores começaram hoje a reparar uma ponte no sudoeste da Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia, que foi danificada no que as autoridades locais descreveram como um ato de sabotagem, noticiou a agência Associated Press.
A administração regional disse que espera que os trabalhos de reparação estejam concluídos na quarta-feira.
O governador regional de Kursk, Roman Starovoit, disse no domingo que a ponte foi danificada com explosivos por agressores não identificados e o comité de investigação, a agência de investigação estatal da Rússia, lançou um alerta para o que descreveu como um "ato terrorista".
As sanções impostas à Rússia como resultado da invasão da Ucrânia não serão levantadas até que Moscovo chegue a um acordo de paz com Kiev, assegurou há momentos o chanceler alemão, Olaf Scholz, acrescentando que cabe à Ucrânia decidir a paz que deseja.
Entrevistado na estação de televisão pública ZDF, Scholz afirmou que Putin está enganado se pensa que pode ganhar território ucraniano, declarar o fim das hostilidades e ver os países ocidentais retirarem as sanções à Rússia.
"Ele não pensou bem na sua operação na Ucrânia", disse Scholz. "Não pensou que a Ucrânia resistiria assim. Não achou que nós a apoiaríamos durante tanto tempo... Não iremos levantar as sanções a menos que Putin chegue a um acordo com a Ucrânia".
A UEFA anunciou esta segunda-feira a exclusão da equipa de futebol feminino da Rússia do Europeu de futebol. Com esta decisão será Portugal a participar na competição.
Um ataque com míssil voltou a atingir esta segunda-feira a cidade de Odessa, no sul da Ucrânia, causando vários mortos e feridos, anunciou o governador local, Maksym Marchenko, no Telegram.
O governador não forneceu, para já, mais nenhum detalhe.
Separadamente, a emissora pública ucraniana Suspilne citou o comando militar do sul afirmando que o ataque danificou um edifício religioso.
Também esta segunda-feira, um ataque com míssil russo atingiu uma ponte estrategicamente importante no estuário do Dniester, na região de Odessa. A ponte, que já foi atingida duas vezes pelas forças russas, fornece a única ligação rodoviária e ferroviária no território ucraniano para uma grande parte sul da região de Odessa.
Os militares ucranianos afirmaram hoje que a Rússia reposicionou algumas das suas forças do porto de Mariupol para se juntarem à ofensiva no leste da Ucrânia.
O Estado Maior General das Forças Armadas ucranianas indicou que vários batalhões russos foram enviados de Mariupol para a cidade de Popasna, na região oriental de Lugansk.
Popasna tem sido um dos epicentros dos combates no leste, uma vez que os militares russos têm procurado romper as defesas e cercar as forças ucranianas no leste.
O Estado Maior General das Forças Armadas ucranianas acrescentou que os russos estavam também a pressionar os ataques desde Izyum até às cidades de Slovyansk e Barvinkove.
Em declarações à Associated Press (AP), o analista militar ucraniano Oleh Zhdanov disse que a redistribuição das forças de Mariupol para a linha da frente no leste reflete o fracasso em ganhar terreno nessa área.
Os militares russos estão ainda a lutar para neutralizar a última bolsa de resistência ucraniana que resta no gigantesco complexo industrial metalúrgico de Azovstal, em Mariupol.
Entretanto, as Nações Unidas continuam hoje a coordenar esforços para retirar os civis que têm estado abrigados no complexo industrial.
(agência Lusa)
A Suécia irá reabrir esta quarta-feira a sua embaixada em Kiev, depois de ter encerrado temporariamente após a invasão russa da Ucrânia, anunciou esta segunda-feira a ministra dos Negócios Estrangeiros no Twitter.
On Wednesday, the Swedish Embassy will re-open in #Kyiv. Thank you @TobiasThyberg & team for your hard work, and to 🇵🇱 for temporarily hosting us. Sweden will continue to #StandWithUkraine, and is delighted that @SwedeninUA's diplomatic presence will be back where it belongs 🇸🇪🇺🇦
— Ann Linde (@AnnLinde) May 2, 2022
16h00 - Autarca de Mariupol descreve processo de evacuação como “muito difícil”
À medida que se espera que a retirada de civis continue esta segunda-feira, o autarca da cidade ucraniana de Mariupol disse que o processo de evacuação “é muito difícil” e está dependente da cooperação russa.
"Conseguimos retirar mais de 100 pessoas dos abrigos antiaéreos, que agora estão a caminho de território controlado pela Ucrânia. Estamos à espera que as tropas russas nos permitam fazer isso", disse Vadym Boichenko à televisão ucraniana.
A CNN confirmou que Boichenko se estava a referir às pessoas retiradas no domingo do complexo siderúrgico Azovstal.
"O processo de evacuação está a ocorrer diretamente com a participação do presidente da Ucrânia e vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk. Enfatizo, é muito difícil", continuou.
Quanto à retirada das centenas de soldados ucranianos que continuam na fábrica de Azosvtal, Boichenko explicou que “é um procedimento separado e um processo de negociação separado". “As negociações estão em curso”, acrescentou.
• Contrariamente ao que alguns analistas têm dito, a Rússia afirma que não pretende pôr fim à guerra na Ucrânia a 9 de maio, Dia da Vitória. A informação foi avançada por Sergei Lavrov, numa entrevista no domingo, tendo acrescentado que as forças russas não se vão “ajustar a nenhuma data”.
• Israel condenou os comentários de Lavrov sobre Hitler ter “sangue judeu” e exigiu um pedido de desculpas. Também o presidente ucraniano criticou as declarações do ministro russo dos Negócios Estrangeiros, alegando que Moscovo não “esconde o antissemitismo”.
• As evacuações de Mariupol devem continuar esta segunda-feira, sendo os civis transportados para Zaporizhzhia. As autoridades, no entanto, já confirmaram que não chegarão hoje os cidadãos retirados da região.
• Kiev diz que destruiu, esta segunda-feira, dois navios russos no Mar Negro.
A Caravana Humanitária das Nações Unidas com civis retirados da Azovstal, em Mariupol, não vai conseguir chegar hoje a Zaporizhzhia, segundo apuraram os enviados da RTP à região.
A Alemanha vai apoiar os planos da União Europeia de proibir as importações de petróleo russo imediatamente ou, idealmente, dentro de alguns meses, disse o ministro da Economia, Robert Habeck, esta segunda-feira.
"A Alemanha não é contra a proibição do petróleo na Rússia. Claro que é um fardo pesado para suportar, mas estaríamos prontos para fazer isso", disse Habeck, acrescentando que a maior economia da Europa havia reduzido a participação do petróleo russo para 12 por cento.
"Ajudava ter semanas ou meses para fazer todos os preparativos técnicos. Teríamos que encontrar navios que transportam petróleo de oeste para leste, temos que preparar os portos, temos que preparar os oleodutos. Acho que outros países têm problemas maiores", acrescentou.
A Polónia está pronta para ser totalmente independente do petróleo russo e está disposta a apoiar outros países a suspender a importação de combustíveis fósseis da Rússia, disse a ministra do Meio Ambiente e Clima do país, Anna Moskwa, esta segunda-feira.
"A Polónia tem orgulho de estar na lista de países hostis de Putin", disse numa conferência de imprensa, em Bruxelas.
Numa mensagem divulgada no Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia anunciou que o seu homólogo dinamarquês está de “visita a Irpin”, onde o “exército russo cometeu atrocidades indescritíveis”.
“O meu amigo dinamarquês pode ver tudo com os seus próprios olhos. Estamos ambos comprometidos em levar os responsáveis à justiça”, acrescentou.
We started @JeppeKofod’s trip to Ukraine with visiting Irpin. Russian army committed unspeakable atrocities here and in other towns of the Kyiv region. My Danish friend could see it all with his own eyes. We are both committed to bringing those responsible to justice. pic.twitter.com/dDqjBJ3Nqs
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) May 2, 2022
O gabinete de direitos humanos das Nações Unidas (ACNUDH) informou, esta segunda-feira, que o número de mortos na Ucrânia desde o início da invasão russa ultrapassou as 3.000 pessoas.
Foram contabilizados, até agora, 3.153 mortos, mais 254 em relação a sexta-feira.
A presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse hoje em Varsóvia que a União Europeia (UE) se deve "comportar de maneira semelhante" a Washington, no que respeita às sanções contra Moscovo.
Pelosi - que está em visita oficial à Polónia, depois de se ter encontrado no sábado em Kiev com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky - lembrou que esta semana o Congresso dos Estados Unidos adotou legislação "para congelar os ativos russos e depois usá-los" para ajudar a reconstruir a Ucrânia, sugerindo que os aliados europeus sigam os mesmo caminho.
Depois de reunir com o Presidente polaco, Andrzej Duda, e com a sua homóloga polaca, Elzbieta Witek, Pelosi sublinhou que as sanções em vigor contra Moscovo são “uma resposta muito forte, que mostra que a decisão russa de atacar a Ucrânia não irá ser tolerada”.
(Agência Lusa)
Vários vídeos e imagens divulgados, esta segunda-feira, mostram o que parece ser o resultado de uma grande explosão perto de um aeródromo numa região ocupada pelos russos no sul da Ucrânia, avança a CNN Internacional.
Num dos vídeos observa-se uma nuvem de fumo espessa e escura, que sobe nas proximidades de um aeroporto controlado pelos russos em Chornobaivka, nos arredores da cidade de Kherson.
Kherson airport… again. pic.twitter.com/ML3tMVglCr
— spook (@spook_info) May 2, 2022
A autarquia de Mariupol disse hoje esperar que os milhares de civis que foram retirados no domingo daquela cidade portuária sitiada pelas forças russas, mas que ficaram retidos a meio do caminho, cheguem esta segunda-feira a Zaporizhzhia (sul).
“Segundo as nossas informações, [muitos civis] já deixaram Mariupol e devem chegar a Zaporizhzhia esta tarde ou noite”, disse um porta-voz da autarquia numa mensagem publicada na rede social Telegram, citado pela agência ucraniana de notícias Ukrinform.
As autoridades de Mariupol esperam que as tropas russas “permitam” que os civis prosseguiam hoje a viagem até Zaporizhzhia , de onde será posteriormente organizada a transferência destas pessoas para outras partes da Ucrânia.
Ao longo do dia de hoje, espera-se que prossiga a retirada dos civis retidos em Mariupol, especialmente do complexo industrial metalúrgico de Azovstal, último reduto da resistência ucraniana nesta cidade estratégica. O gabinete da autarquia adiantou que os autocarros previstos para levar os civis para fora da cidade já receberam as necessárias autorizações e acrescentou que estes podem juntar-se a uma coluna composta por carros particulares.
(Agência Lusa)
Os enviados especiais da RTP testemunharam a chegada a Zaporizhzhia de civis ucranianos que aproveitaram a abertura de corredores humanitários. "Aparentemente, o corredor humanitário anunciado por António Guterres começou a funcionar na passada sexta-feira", assinalou o repórter Helder Silva, referindo-se a Mariupol, cidade portuária do sul da Ucrânia.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) atribuiu, desde o início do conflito na Ucrânia, 34.562 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam naquele país. Destes, 11.775 são menores.
Em comunicado, o SEF afirma que os municípios com o maior número de proteções temporárias concedidas continuam a ser Lisboa, Cascais, Sintra, Porto e Albufeira.
O SEF acrescenta ainda que desde o início do conflito já comunicou ao Ministério Público 607 menores “que se apresentaram na presença de outra pessoa que não o seu progenitor ou representante legal comprovado, sem perigo atual ou iminente; e à CPCJ 15 menores não acompanhados e/ou na presença de outra pessoa que não o seu progenitor ou representante legal comprovado, em perigo atual ou iminente”.
A chegada de civis de Mariupol a Zaporizhzhia acontece depois das negociações que permitiram criar um corredor humanitário.
A estes vão juntar-se, em breve, os primeiros 100 civis que foram retirados numa complexa evacuação do complexo siderúrgico Azovstal. Operação que ainda está em curso. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deve encontrar-se ainda esta segunda-feira com algumas destas pessoas.
A embaixada dos Estados Unidos espera regressar a Kiev até o final de maio, se as condições assim o permitirem, afirmaram os seus responsáveis esta segunda-feira.
Diplomatas dos EUA deixaram a embaixada de Kiev quase duas semanas antes de a Rússia lançar a sua invasão na Ucrânia, a 24 de fevereiro, transferindo algumas funções para a cidade ocidental de Lviv antes de se mudar para a vizinha Polónia.
"Estamos em contacto com os profissionais de segurança e, quando eles nos disserem que podemos voltar, voltaremos", disse a diplomata de alto escalão dos EUA na Ucrânia, Kristina Kvien.
Alguns países ocidentais já reabriram as suas embaixadas Kiev, uma vez que o foco principal dos combates na Ucrânia passou da capital para o leste e sul do país. Esta segunda-feira foi a vez de a Dinamarca anunciar a reabertura da sua embaixada na Ucrânia.
Os autocarros humanitários previstos para retirar mais civis de Mariupol ainda não chegaram ao ponto de recolha decidido, disse o conselho da cidade, contradizendo um relatório anterior de que já tinham saído da cidade. As autoridades pediram ainda aos civis que permaneçam no local.
A Polónia está pronta para ajudar a Alemanha a deixar de depender petróleo russo, disse a ministra do Clima esta segunda-feira.
"Estamos prontos para apoiar as ambições de suspensão da Alemanha com nossa refinaria em Gdansk", disse a ministra Anna Moskwa.
A companhia elétrica finlandesa Fennovoima anunciou hoje que rescindiu o contrato com a empresa estatal russa Rosatom para a construção de um reator nuclear na nova central Hanhikivi 1 localizada na costa oeste da Finlândia. A Fennovoima justificou a decisão referindo-se a "importantes atrasos e incapacidade da RAOS Project (empresa subsidiária da Rosatom) para entregar o projeto" de construção e instalação a que se somam também os riscos relacionados com a invasão militar da Ucrânia.
"Registaram-se significativos atrasos durante os últimos anos. A guerra na Ucrânia agravou os riscos do projeto. A RAOS não conseguiu mitigar nenhum dos riscos", indica a companhia elétrica finlandesa através de um comunicado divulgado hoje.
De acordo com a Fennovoima a cooperação com a RAOS Project cessa de imediato incluindo os trabalhos de projeto e a tramitação da licença referente a obras na nova central nuclear.
Um ataque com míssil russo atingiu uma ponte estrategicamente importante no estuário do Dniester, na região de Odessa, no sudoeste da Ucrânia, esta segunda-feira. A ponte, que já foi atingida duas vezes pelas forças russas, fornece a única ligação rodoviária e ferroviária no território ucraniano para uma grande parte sul da região de Odessa.
Serhiy Bratchuk, porta-voz da administração regional de Odessa, relatou o ataque no Telegram, mas não adiantou mais detalhes.
Sergei Lavrov sugeriu, numa entrevista, que Hitler tinha “sangue judeu”, tal como Volodymir Zelensky. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia falava à televisão italiana, no domingo, reiterando que o objetivo da “operação especial” na Ucrânia é “desnazificar” o território.
Segundo Lavrov, Zelensky “apresenta um argumento: que tipo de nazismo podem ter na Ucrânia se ele é judeu?”.
“Posso estar errado, mas Hitler também tinha sangue judeu. Não significa absolutamente nada. O povo judeu sábio diz que os antissemitas mais fervorosos geralmente são judeus”, acrescentou o chefe da diplomacia russa.
Esta segunda-feira, Israel convocou o embaixador russo para esclarecer a situação e exigiu um pedido de desculpas.
“As declarações do ministro Lavrov são imperdoáveis e ultrajantes, além de um terrível erro histórico”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yair Laid.
“Os seus comentários são hediondos são ofensivos para o presidente”, escreveu o chefe da diplomacia ucraniana no Twitter.
FM Lavrov could not help hiding the deeply-rooted antisemitism of the Russian elites. His heinous remarks are offensive to President @ZelenskyyUa, Ukraine, Israel, and the Jewish people. More broadly, they demonstrate that today’s Russia is full of hatred towards other nations.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) May 2, 2022
A Polónia quer que a União Europeia imponha uma data-limite clara na qual os Estados-membros terão de suspender as importações de petróleo russo, disse a ministra do Clima esta segunda-feira, acrescentando que espera que um embargo entre em vigor antes do final do ano.
"Queremos que este pacote [de sanções] inclua uma data e um requisito muito específicos e claros para todos os países, que seja um pacote completo, sem lacunas".
Algumas unidades de elite russas, incluindo as chamadas Forças Aerotransportadas VDV, sofreram grandes perdas na Ucrânia e a Rússia poderá levar anos para reconstituir essas forças, declararam hoje os serviços de informação britânicos. No início do conflito, a Rússia comprometeu mais de 120 grupos táticos de batalhão, cerca de 65% de toda a sua força de combate terrestre, referiram os britânicos.
Mais de um quarto dessas unidades provavelmente tornaram-se ineficazes para o combate, segundo as informações fornecidas pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. As Forças Aerotransportadas VDV constituem um corpo de paraquedistas de elite do exército russo com estatuto de força especial subordinada diretamente ao Comando Supremo das Forças Armadas da Federação Russa.
Os autocarros que estão a retirar em segurança os civis de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, deixaram a cidade esta manhã, afirmou à Reuters uma autoridade local.
Os civis que saíram nos autocarros humanitários não estavam da siderúrgica Azovstal. Mas ainda se mantém um número desconhecido de civis e combatentes presos na central, cuja rede de bunkers e túneis forneceu abrigo após semanas de bombardeamentos russos.
Os pedidos de fornecimento de gás russo através Ucrânia aumentaram na Europa esta segunda-feira, segundo os dados da operadora de gasodutos ucraniana. Também a Gazprom, empresa de energia controlada pelo Kremlin, disse que a tranferência de gás via Ucrânia continuou.
De acordo com os dados, os pedidos foram de 98,8 milhões de metros cúbicos para segunda-feira, acima dos 97,2 milhões de metros cúbicos de domingo.
O Ministério da Defesa da Rússia disse, esta segunda-feira, que os militares russos destruíram um caça ucraniano MiG-29 perto de Sloviansk, no leste da Ucrânia. Segundo Moscovo, foram atingidos 38 alvos militares ucranianos, incluindo depósitos de munição e centros de controlo.
Mais de 5,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde que a guerra começou, a 24 de fevereiro, informou a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) esta segunda-feira.
As estatísticas são compiladas a partir de uma variedade de fontes, principalmente dados fornecidos por autoridades de pontos oficiais de passagem de fronteira, disse o ACNUR.
O presidente turco voltou hoje a convidar os seus homólogos da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, para uma cimeira na Turquia e garantiu que ambos os países lhe pediram ajuda para poder exportar cereais.
"Tanto os ucranianos quanto os russos querem ajuda para exportar cereais", disse Recep Tayyip Erdogan aos órgãos de comunicação social depois de terminar a oração do Ramadão numa mesquita de Istambul.
O líder islâmico indicou que o seu assessor Ibrahim Kalin e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Onal Sedat, reuniram-se no sábado em Kiev com as autoridades ucranianas e que transmitiram uma série de "desejos", sem concretizar.
"Provavelmente, teremos uma reunião com Putin esta semana", disse Erdogan.
O presidente Erdogan também insistiu na sua oferta, feita inúmeras vezes desde o início da agressão russa contra a Ucrânia, para que Putin e Zelensky se encontrem na Turquia, sublinhando que o seu país será o lugar onde "serão dados passos em relação a (uma solução) no leste da Ucrânia". O presidente turco disse ainda que a cimeira poderá ocorrer em Istambul ou Ancara.
A Rússia a bombardear da siderúrgica Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol, no domingo, assim que os autocarros que retiraram os civis da central partiram, afirmou um assessor do autarca da cidade, esta segunda-feira.
"Ontem, assim que os autocarros deixaram Azovstal com os civis, um novo bombardeamentos começou imediatamente", disse Petro Andryushchenko, à televisão ucraniana.
Um drone ucraniano Bayraktar destruiu dois navios de patrulha russos no Mar Negro, esta segunda-feira, disse o chefe militar da Ucrânia.
"Dois navios russos da classe Raptor foram destruídos na madrugada de hoje perto da ilha de Zmiinyi", escreveu o chefe do Estado-Maior, Valeriy Zaluzhniy, no Telegram.
A primeira-dama dos Estados Unidos vai visitar a Roménia e a Eslováquia esta semana para se encontrar com famílias de refugiados ucranianos, trabalhadores humanitários, militares norte-americanos e funcionários da embaixada dos EUA, anunciou esta segunda-feira a Casa Branca. A viagem de Jill Biden vai decorrer entre 5 e 9 de maio e é a mais recente demonstração de apoio dos EUA à Ucrânia e aos países que estão a ajudar os ucranianos.
A Roménia e a Eslováquia acolheram centenas de milhares de ucranianos que estão a fugir da invasão russa ao seu país.
De acordo com as autoridades norte-americanas, Jill Biden vai reunir-se com soldados norte-americanos na Roménia na sexta-feira e viajará para Bucareste no sábado, onde se encontrará com membros do Governo, da embaixada dos EUA e com professores que trabalham com crianças refugiadas ucranianas, de acordo um comunicado de imprensa do seu gabinete.
Na Eslováquia, no domingo, quando é celebrado o Dia das Mães nos Estados Unidos, Jill Biden viajará para a cidade de Kosice e a vila de Vysne Nemecke para se encontrar com refugiados, trabalhadores humanitários e eslovacos que prestam ajuda humanitária.
"Para o Dia das Mães, irá encontrar-se com mães e crianças ucranianas que foram forçadas a fugir de sua terra natal devido à guerra de Putin", referiu o gabinete de Jill Biden.
A Dinamarca vai reabrir a embaixada na Ucrânia, esta segunda-feira, após o encerramento após a invasão russa a 24 de fevereiro, anunciou o Ministério dinamarquês dos Negócios Estrangeiros.
"É um símbolo muito forte do apoio dinamarquês à Ucrânia e ao povo ucraniano ao estarmos a rebari hoje as portas da embaixada dinamarquesa", disse o chefe da diplomacia Jeppe Kofod à emissora dinamarquesa DR.
Há ucranianos que estão a explorar outros ucranianos no sul do país. Cobram dinheiro para os retirarem em segurança de cidades ocupadas pelas tropas russas.
Os enviados da RTP Hélder Silva e André Mateus Pinto foram descobrir em que consiste este "negócio de guerra".
Os Estados Unidos vão encaminhar para a ajuda à Ucrânia dinheiro da venda de bens apreendidos a oligarcas russos, no âmbito das sanções impostas à Rússia.
A legislação que vai permitir reforçar o pacote de 33 mil milhões de dólares de ajuda já foi aprovado com o apoio da maioria do Senado norte-americano.
O Estado-maior da Ucrânia afirmou, esta segunda-feira, que foram identificadas unidades das Forças Armadas da Bielorrússia nas regiões fronteiriças ucranianas de Volyn e Polissya.
“A Bielorrússia continua pelo inimigo”, declararam as autoridades.
Numa publicação no Facebook, as autoridades referiram que as forças ucranianas repeliram ainda dez ataques russos nas regiões de Donetsk e Luhansk, destruindo equipamentos, incluindo dois tanques, 17 sistemas de artilharia e 38 veículos de combate blindados.
A Hungria ainda se opõe a qualquer embargo da União Europeia às importações russas de petróleo e gás, disse o porta-voz do governo Zoltan Kovacs, esta segunda-feira.
"A postura húngara em relação a qualquer embargo de petróleo e gás não mudou: não os apoiamos", disse Kovacs à Reuters.
A Ucrânia pode perder dezenas de milhões de toneladas de grãos devido ao bloqueio russo dos portos no Mar Negro, provocando uma crise alimentar que afetará a Europa, a Ásia e África, disse o presidente Volodymyr Zelensky, esta segunda-feira. O presidente da Ucrânia diz que as tropas russas estão a intensificar os ataques nas cidades do sul do país e acusa a Rússia de estar a bombardear armazéns e empresas agrícolas.
"A Rússia não permite que navios entrem ou saiam, está a controlar o Mar Negro", disse Zelensky ao programa de notícias australiano 60 Minutes. "A Rússia quer bloquear completamente a economia do nosso país”.
Recorde-se que a Ucrânia é um grande exportador de grãos e outros produtos alimentares, além de metais.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo negou que a Rússia pretenda pôr fim à guerra na Ucrânia a 9 de maio, dia em que se celebra o Dia da Vitória, apesar de os analistas preverem o fim do conflito nessa data.
"Os nossos militares não ajustarão artificialmente as suas ações a qualquer data, incluindo o Dia da Vitória", disse Sergei Lavrov numa entrevista à televisão italiana Mediaset, transmitida no domingo, referindo-se à data comemorativa de 9 de maio de 1945 e à rendição nazi aos Aliados, incluindo à antiga União Soviética. "O ritmo da operação na Ucrânia depende, acima de tudo, da necessidade de minimizar possíveis riscos para a população civil e para os militares russos".
In esclusiva a #ZonaBianca il ministro degli Esteri russo, Sergej Lavrov, sulla possibilità cjhe la crisi ucraina sfoci in un conflitto mondiale. pic.twitter.com/3H9tvEhn5v
— Zona Bianca (@zona_bianca) May 1, 2022
A Rússia celebra geralmente o Dia da Vitória com grande pompa e circunstância, com um grande desfile militar no centro de Moscovo e um discurso do presidente, Vladimir Putin, saudando o papel de liderança do país na derrota do fascismo na Europa. Contudo, as celebrações deste ano têm como cenário de fundo uma campanha militar de Moscovo na Ucrânia, que Putin justificou com a necessidade de "desnazificar" a antiga república soviética, com outras referências à Segunda Guerra Mundial.
"Celebraremos solenemente o 09 de maio, como sempre fazemos. Recordemos aqueles que caíram pela libertação da Rússia e de outras repúblicas da ex-URSS [União das Repúblicas Socialistas Soviéticas], pela libertação da Europa do flagelo nazi", disse Lavrov.
"A 2 de maio, a evacuação em Mariupol começa às 7h00. Ponto de encontro - Centro comercial +Port City+", anunciou no Telegram Pavlo Kirilenko, governador regional de Donetsk, na noite de domingo para segunda-feira.
A operação de evacuação começou no sábado e foi realizada em coordenação entre a Ucrânia, a Rússia e o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
"Hoje, pela primeira vez desde o início da guerra, este corredor humanitário vital começou a funcionar. Pela primeira vez, houve dois dias de verdadeiro cessar-fogo neste território" do complexo siderúrgico, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky numa mensagem de vídeo no domingo à noite. "Finalmente".
Zelensky acrescentou também que espera "que as condições estejam reunidas para continuar as evacuações de Mariupol".
• O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros expressou o "apoio contínuo" à Ucrânia por parte da UE, que trabalha no sexto pacote de sanções contra a Rússia, e insistiu na "urgente" evacuação de Mariupol. Josep Borrell transmitiu esse "apoio contínuo" dos 27 à Ucrânia num telefonema com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba.
• A Rússia classificou como um "ato de sabotagem" o colapso parcial de uma ponte ferroviária na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia. Na rede Telegram, o governador de Kursk, Román Starovoit, afirmou que a destruição parcial da ponte ferroviária "foi sabotagem", embora não tenha identificado a autoria do incidente, e indicou que irá ser investigado pelos "especialistas das forças e do corpo de segurança". A ponte ferroviária era utilizada apenas para transporte de cargas e não houve registo de feridos.
• Oito civis morreram em bombardeamentos nas regiões de Kharkiv e Donetsk, incluindo quatro na cidade de Lyman, perto da linha da frente e sob ameaça direta do avanço russo, anunciaram os governadores regionais.
• A Alemanha poderá deixar de importar petróleo russo até ao final do verão, afirmou no domingo o ministro alemão da Economia e da Energia, Robert Habeck. Em comunicado, citado pela Associated Press, o ministro revelou que, em matéria de importação de recursos energéticos provenientes da Rússia, a Alemanha conseguiu reduzir a quota de petróleo para 12 por cento, a de carvão para 8 por cento e a de gás natural para 35 por cento.