"Sem resistir a esta opressão, que significa a minha existência? Aceitar a escravatura... nunca aceitarei a escravatura". Omar Barghouti
Essas proibições estão relacionadas com o seu lado de activista dos Direitos Humanos e, em particular, com o facto de ser um dos co-fundadores, em 2005, do BDS, movimento de resistência pacífica ao que considera ser a ocupação israelita e ao regime de apartheid imposto nos territórios. O BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) conta com a colaboração de várias organizações palestinianas e internacionais, encontrando inspiração na luta negra contra a supremacia branca na África do Sul.
Até há poucos meses, Omar Barghouti enfrentou uma proibição de viajar que o impediu, na primeira metade do ano, de participar em várias conferências marcadas nos Estados Unidos, ciclo onde se incluía uma palestra numa sinagoga americana. Uma proibição que foi possível ultrapassar através dos meios electrónicos da comunicação à distância. Desses meses em que recebeu a recusa das autoridades israelitas diz lamentar que o "travel ban" o tenha impedido viajar até à Califórnia para estar presente no casamento da filha.
No fim de semana 16-18 de Novembro esteve em Portugal no Lisbon & Sintra Film Festival para participar no ciclo de conferências subordinado ao tema "Resistências". Num domingo cinzento e de chuva intermitente falámos com ele nos camarins do Teatro Tivoli.