OMS desmente Trump e exclui ligação entre paracetamol na gravidez e autismo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirma esta quarta-feira que não existem evidências científicas conclusivas que relacionem o uso de acetaminofeno, também conhecido por paracetamol, durante a gravidez ao risco de autismo. A declaração surge após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fazer esta relação.

Rachel Mestre Mesquita - RTP /
Foto: Rachel Mestre Mesquita - RTP

"Ao longo da última década, foram realizadas pesquisas extensas, incluindo estudos em grande escala, para investigar as ligações entre o uso de acetaminofeno durante a gravidez e o autismo. Até o momento, nenhuma associação consistente foi estabelecida", afirma a OMS em comunicado. "As causas exatas do autismo não foram estabelecidas, e entende-se que há vários fatores que podem estar envolvidos", esclarece a OMS.

A declaração surge depois de o presidente americano, Donald Trump, ter afirmado na segunda-feira que a agência que regula os medicamentos e alimentos nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), notificará os médicos dos riscos do uso do Tylenol, nome comercial do paracetamol nos EUA.

A Organização Mundial da Saúde recomenda, ainda, que todo o medicamento deve ser usado com cautela durante a gravidez, especialmente nos primeiros três meses, e recomendou que grávidas sigam as orientações dos profissionais da saúde.
Comissão Europeia também desmente Trump

A Comissão Europeia também afirmou na terça-feira que não existem evidências científicas que relacionem o uso de paracetamol durante a gravidez ao risco de autismo. 

“Até o momento, não há evidência que justifique mudanças nas recomendações atuais da União Europeia para o uso do paracetamol”, disse o porta-voz da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). 

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