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OMS desmente Trump e exclui ligação entre paracetamol na gravidez e autismo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirma esta quarta-feira que não existem evidências científicas conclusivas que relacionem o uso de acetaminofeno, também conhecido por paracetamol, durante a gravidez ao risco de autismo. A declaração surge após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fazer esta relação.
"Ao longo da última década, foram realizadas pesquisas extensas,
incluindo estudos em grande escala, para investigar as ligações entre o
uso de acetaminofeno durante a gravidez e o autismo. Até o momento,
nenhuma associação consistente foi estabelecida", afirma a OMS em comunicado. "As causas exatas do autismo não foram
estabelecidas, e entende-se que há vários fatores que podem estar
envolvidos", esclarece a OMS.
A declaração surge depois de o presidente americano, Donald Trump, ter afirmado na segunda-feira que a agência que regula os medicamentos e alimentos nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), notificará os médicos dos riscos do uso do Tylenol, nome comercial do paracetamol nos EUA.
A Organização Mundial da Saúde recomenda, ainda, que todo o medicamento deve ser
usado com cautela durante a gravidez, especialmente nos primeiros três
meses, e recomendou que grávidas sigam as orientações dos profissionais
da saúde.
Comissão Europeia também desmente Trump
A Comissão Europeia também afirmou na terça-feira que não existem evidências científicas que relacionem o uso de paracetamol durante a gravidez ao risco de autismo.
“Até o momento, não há evidência que justifique mudanças nas
recomendações atuais da União Europeia para o uso do paracetamol”, disse
o porta-voz da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).