OMS reúne-se de urgência na quarta-feira para abordar epidemia na RDCongo

por Lusa

Genebra, 15 out (Lusa) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje a realização de uma reunião de urgência, na quarta-feira, em Genebra, para abordar a epidemia de ébola na República Democrática do Congo, com um registo de 135 mortos desde agosto.

A reunião foi convocada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, para que se determine "se o surto é uma emergência de saúde pública de amplitude internacional", como aconteceu com o surto de ébola na África Ocidental, em 2014, e com o surto do vírus Zika na América Latina, em 2016.

Esta nova epidemia de ébola na República Democrático do Congo (RDCongo) foi declarada a 01 de agosto, em Mangina, na província de Nord-Kivu, na zone este do país.

Depois, o epicentro da epidemia transferiu-se para Beni, baluarte do grupo armado ADF (Forças Democráticas Aliadas), que multiplicou os ataques contra civis, complicando a resposta sanitária.

Estatísticas atualizadas da OMS indicam que o total de casos sinalizados ascende a 211 (176 confirmados e 35 prováveis) e o registo de mortos é 135.

No sábado, as autoridades congolesas disseram que estão a enfrentar agora uma "segunda onda" da epidemia.

"Esta segunda onda é o resultado da resistência da comunidade à resposta, a existência de cidades mortas e insegurança e a fraca colaboração de práticas tradicionais em atividades de resposta", disse Oly Ilunga, Ministro da Saúde da RDCongo, durante uma conferência de imprensa.

Ilunga notou que, pela primeira vez, um elemento da missão das Nações Unidas no Congo (Monusco) foi contaminado com o vírus do ébola e observou que mais de 16.200 pessoas foram vacinadas.

A pior epidemia de ébola na história atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortos em 29.000 casos sinalizados, mais de 99% na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.

A OMS foi então fortemente criticada pela resposta lenta.

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