ONU condena "assassínio de seis jornalistas palestinianos pelo exército israelita"
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou "o assassínio de seis jornalistas palestinianos pelo exército israelita" na Faixa de Gaza na noite de domingo para hoje.
Num comunicado publicado na rede social X, o alto comissariado acusa Israel de ter "atingido a tenda" onde se encontravam cinco funcionários da cadeia de televisão qatari Al Jazeera, o que "constitui uma grave violação do direito internacional humanitário".
Um jornalista freelancer que colaborava ocasionalmente com meios de comunicação locais também foi morto no mesmo ataque.
"Israel deve respeitar e proteger todos os civis, incluindo jornalistas", sublinha ainda o alto comissariado, que lembra que "pelo menos 242 jornalistas palestinianos [237, segundo o Hamas] foram mortos em Gaza desde 07 de outubro de 2023".
Na mensagem, a ONU reitera o pedido de "acesso imediato, seguro e sem obstáculos a Gaza para todos os jornalistas".
Uma das vítimas, Anas al-Sharif, de 28 anos, era um dos rostos mais conhecidos entre os correspondentes que cobriam diariamente o conflito.
O exército israelita afirmou tê-lo alvejado, classificando-o como "terrorista" que "se fazia passar por jornalista".
A organização de defesa da imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou hoje "com veemência e indignação o assassínio reivindicado" pelo exército israelita de Anas al-Sharif, acrescentando que o jornalista era "a voz do sofrimento imposto por Israel aos palestinianos de Gaza".