O Papa encontrou-se com um grupo de vítimas de abusos sexuais de padres da Igreja Católica no Chile. Apesar do pedido de desculpas, os ativistas pedem que o Sumo Pontífice tome medidas.
No seu primeiro discurso na visita oficial ao país, Francisco pediu perdão às vítimas e disse que sentia “dor e vergonha” pelo escândalo de abusos sexuais. Palavras repetidas horas depois, numa missa ao ar livre perante cerca de 400 mil pessoas.
Manifestantes criticam Papa
Apesar do pedido de desculpas, os defensores das vítimas criticam o Papa por não ter desempenhado um papel mais forte contra os abusos sexuais.
Um dos ativistas, Juan Carlos Cruz, disse à BBC: “Desculpar não é suficiente para as vítimas. O que queremos é que o Papa tome medidas”.
Os manifestantes criticaram Francisco por não ter respondido ao pedido de rever a nomeação de Juan Barros, como bispo de Osorno.
Os paroquianos da cidade no sul do Chile, acusam o bispo de ter usado a sua posição na Igreja para bloquear uma investigação sobre o seu mentor, o padre Fernando Karadima, que foi condenado pelo Vaticano por abuso sexual de menores.
As vítimas chilenas pedem mais transparência e lançaram a organização “Ending Clerical Abuse” para combater o abuso sexual infantil por membros do Igreja.