Partido Democrático timorense declara apoio ao Governo para garantir estabilidade

por Lusa
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O Partido Democrático (PD) timorense declarou hoje apoiar o Governo do país para garantir a estabilidade no país, mas sem esclarecer se mantém a aliança com o Congresso Nacional de Reconstrução Timorense (CNRT) de Xanana Gusmão.

"A liderança do PD está junta para reforçar o Governo, dar o seu apoio para um Governo estável, para bem do país e da economia nacional", disse em conferência de imprensa o presidente do PD, Mariano Sabino.

Trata-se de garantir que o Governo tem estabilidade e que é possível aprovar um Orçamento Geral do Estado (OGE), "ultrapassando o impasse político, recuperar a economia, fortalecer o diálogo político, melhorando os laços entre os órgãos de soberania" e assim "recuperar a confiança do povo no Estado", salientou.

"O PD reitera o seu apoio ao Estado e ao Governo, mantém a sua posição de defesa do Estado", afirmou.

O PD é um de seis partidos que integrou numa nova aliança de maioria parlamentar, liderada pelo CNRT, e que surgiu como alternativa ao atual Governo.

Esta nova aliança desapareceu depois de um dos seis partidos, o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO), ter recuado e abandonado a nova maioria parlamentar.

Questionado sobre se o PD continua na aliança, Sabino escusou-se a fazer qualquer comentário, remetendo igualmente para mais tarde declarações sobre a posição do partido relativamente à moção de destituição da mesa do parlamento.

A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), o Partido Libertação Popular (PLP) -- do atual primeiro-ministro, Taur Matan Ruak -- e o KHUNTO assinaram uma moção para a destituição da mesa do parlamento, que deve ser debatida na próxima semana.

Ladeado pelos responsáveis das principais estruturas partidárias, Sabino lembrou que Timor-Leste vive num impasse político há três anos, com grande impacto na economia e na vida do país.

Sabino disse que o PD é "um partido de Estado" e continua a promover "o diálogo entre os líderes políticos e os principais líderes nacionais" para "servir melhor o povo e o país".

Sabino admitiu diferenças de opinião no seio do PD, mas insistiu que isso faz parte da natureza do partido e do debate interno.

Quadros e dirigentes estão "sólidos e a trabalhar juntos", sublinhou.

 

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