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Paschal Donohoe mantém-se à frente do Eurogrupo após desistência dos adversários
O irlandês Paschal Donohoe mantém a presidência do Eurogrupo, após o espanhol Carlos Cuerpo e o lituano Rimantas Sadzius terem desistido das suas candidaturas à liderança do grupo dos 20 ministros das Finanças da Zona Euro.
Eram três os candidatos à liderança do Eurogrupo: o atual presidente, Paschal Donohoe, o ministro espanhol da Economia, Carlos Cuerpo e o ministro lituano da Economia Rimantas Sadzius. Mas a falta de apoio levou o espanhol a retirar a sua candidatura ao início da tarde desta segunda-feira, que era considerado o maior adversário.
"Temos tentado angariar apoio nas últimas semanas, incluindo conversas
durante os fins de semana, mas os números, de alguma forma, não chegaram
aos 11 votos de que precisávamos", anunciou Carlos Cuerpo, em declarações aos jornalistas.
"É por isso que decidimos que, uma vez que estes votos não estavam
garantidos, é realmente melhor para o Eurogrupo evitar a fragmentação (...) e simplesmente afastar-se no exercício da responsabilidade", justificou.
Pouco depois, seguiu-se o anúncio do lituano que disse à imprensa que também retirava a sua candidatura para facilitar a reeleição do atual presidente por unanimidade.
"Paschal (Donohoe) tem um apoio muito forte, e nem eu nem o ministro Cuerpo temos o mesmo", afirmou Rimantas Sadzius.
"Paschal (Donohoe) tem um apoio muito forte, e nem eu nem o ministro Cuerpo temos o mesmo", afirmou Rimantas Sadzius.
Com a retirada das candidaturas de ambos os adversários e sem votação formal, o irlândes garante assim um terceiro mandato à frente do Eurogrupo com o apoio de Portugal. De acordo com o Governo português, Paschal Donohoe reúne todas as condições para se manter nas funções por mais dois anos e meio.
O El País escreve que a retirada das candidaturas impediu de ver o apoio que ambos tinham para destituir o conservador Donohoe, cuja perfomance à frente do Eurogrupo não tem agradado as cinco maiores economias do euro.
Há duas semanas, a Alemanha, França, Itália, Países Baixos e a Espanha apresentaram um documento propondo mudanças significativas no funcionamento do Eurogrupo, um órgão que tem vindo a perder protagonismo nas intistuições europeias nos últimos anos.
Segundo o ministro lituano das Finanças, Paschal Donohoe tem sido criticado pela sua abordagem cautelosa e estava a enfrentar "uma grande pressão de todos os lados para ser mais dinâmico e mais focado", escreve o Politico.