Perto de 200 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra na Índia e Nepal

por RTP
DR/Twitter- ndtv

Dezenas de pessoas estão desaparecidas e o número de mortos aumenta a todas as horas, desde o início da semana, devido a fortes chuvas que tem provocado cheias e desabamentos de pontes e casas. Há localidades parcialmente submersas e muitas áreas agrícolas destruídas.

Outubro costuma ser o período de alívio de chuvas depois das monções mas este ano a violência climatérica está a marcar também este mês.

As condições ciclónicas na Baía de Bengala, na costa leste da Índia, trouxeram fortes ventos e chuvas em todo o continente, atingindo o Himalaia no Nepal e espalhando-se até as ravinas costeiras.

No estado de Uttarakhand, desde 1897, que não se registava um número tão elevado de mortos.

Pelo menos 55 pessoas perderam a vida, 27 corpos foram recuperados e cerca de 3000 ficaram presas nas encostas, com as águas a engolirem estradas, pontes e casas. De acordo com as autoridades centenas de pessoas foram resgatadas de barcaça, depois do rio Sarda ter transbordado.

Chuvas mais ao sul, no estado indiano de Kerala, também causaram cheias mortais, registando-se pelo menos 42 mortos, de acordo com BBC.

"Há uma grande perda devido às enchentes ... as plantações foram destruídas", declarou à Reuters, o ministro-chefe de Uttarakhand, Pushkar Singh Dhami, depois de avaliar os danos.

"Os moradores estão a enfrentar muitos problemas, as estradas estão inundadas, as pontes foram destruídas" acrescentou.

O primeiro-ministro Narendra Modi expressou as condolências no Twitter: "Estou angustiado com a perda de vidas devido às fortes chuvas na região de Uttarakhand. Que os feridos recuperem rapidamente."

O Ministério do Interior do Nepal avança com pelo menos 77 vítimas mortais e 26 estão desaparecidas.

Entre as vítimas está uma família de seis pessoas com três crianças, cuja casa foi soterrada por um dilúvio repentino de terra e escombros.

As áreas mais afetadas são o distrito de Panchthar, no leste do Nepal, e Ilam e Doti, a oeste.

As equipas de resgate lutam para alcançar 60 pessoas presas há dois dias na vila de Seti, no oeste do Nepal, informou a Reuters.



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