PJ guineense admite "certa acalmia" no tráfico de droga "também" pela ação das autoridades

por Lusa
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O chefe do gabinete de combate à droga da Polícia Judiciária guineense, Francisco Sanhá, admitiu hoje à Lusa "uma certa acalmia" no tráfico de estupefacientes no país, o que atribuiu "também" à ação da polícia.

"Regista-se, neste momento, uma certa acalmia do tráfico de droga na Guiné-Bissau se compararmos com os anos anteriores, mas isso tudo deve-se aos resultados obtidos pela Polícia Judiciária em 2019 e 2020", explicou o também inspetor da PJ guineense.

Francisco Sanhá falava à Lusa à margem de uma palestra, denominada "aulas abertas" promovida por um consórcio de órgãos de comunicação social guineenses para estudantes de jornalismo.

A palestra do inspetor versou sobre o papel do jornalista perante o tráfico de droga e o crime organizado na Guiné-Bissau.

Júlio Sanha acredita que os cartéis da droga "podem estar a mudar de estratégias", após a apreensão no país de "grandes quantidades" da substância em operações coordenadas pela PJ guineense.

"Os traficantes são pessoas muito inteligentes e sabem o momento certo que podem atuar para tentar introduzir a droga na Guiné-Bissau", notou Sanhá.

O inspetor da PJ guineense disse compreender "o rótulo" que é dado ao país como sendo "ponto estratégico para traficantes" e pediu a colaboração de todas as forças de segurança no combate ao flagelo, para, disse, desta forma "limpar aquela imagem".

"Os relatórios de agências internacionais e de instituições financeiras revelam que os cartéis da droga infiltraram-se no nosso sistema, portanto, são relatórios que encontramos no dia-a-dia", observou Francisco Sanhá.

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