Portugal destaca sucesso de Angola no conflito da RD Congo

por Lusa
Portugal destaca a importância de Angola na mediação do conflito entre a República Democrática do Congo e o Ruanda Reuters

 O Governo português destacou o sucesso de Angola na intermediação do conflito entre a República Democrática do Congo e o Ruanda, considerando que esta intervenção tem travado um maior agravamento das tensões.

"Angola é, neste momento, um ator respeitado a nível regional e a nível global, tem exercido um papel preponderante na estabilização pacífica no continente. O papel que tem desempenhado na região dos Grandes Lagos deve ser destacado e elogiado", disse o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, em entrevista à agência Lusa, em Luanda.

O governante está na capital angolana para participar na 10.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Organização dos Estados da África, Caraíbas e Pacífico (OEACP), em que Portugal foi convidado a participar.

O governante sublinhou que a cimeira, em que Angola vai assumir a presidência da organização que reúne 79 países, é também um reconhecimento da capacidade de liderança que o país africano exerce neste momento.

Angola tem sido mediador do conflito entre a República Democrática do Congo e o Ruanda, devido aos ataques do movimento rebelde M23, que Kinshasa diz ser apoiado pelos ruandeses, no leste da RDCongo.

"É um processo difícil, bastante complexo, mas onde o papel de Angola tem sido bastante evidenciado. Se não fosse o papel de mediador, de estabilizador político diplomático de Angola, o conflito estaria em momentos mais difíceis", observou.

Portugal, por seu lado, vai aproveitar a cimeira para reforçar laços bilaterais com muitos dos países que fazem parte da organização e "continuar a construir pontes", segundo o mesmo responsável, salientando que Portugal tem trazido sempre um valor acrescentado a nível do respeito pelos direitos, liberdades e garantias e do apelo à paz "num momento internacional complexo" devido à guerra na Europa causada pela invasão da Ucrânia por parte da Rússia, condenada pelo Estado português.

Francisco André já manteve vários encontros bilaterais e reuniu-se com o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, mas o tema dos direitos humanos, cujo dia internacional se celebra no sábado, não foi abordado.

 

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