Português dado como morto combatia na Ucrânia por "causa em que acreditava"

O comandante da corporação dos Bombeiros de Sacavém, Armando Batista, era uma das pessoas que mantinha contacto com o jovem português que terá morrido em combate na Ucrânia, ao serviço da Legião Internacional.

RTP /

Foto: Serhii Nuzhnenko - Radio Liberty via Reuters

Jerónimo Guerreiro, de 23 anos, foi bombeiro na corporação, na qual esteve cerca de oito meses, e pediu suspensão para ir combater na Ucrânia. Era oriundo das tropas paraquedistas.

Armando Batista, que descreveu o jovem como uma "pessoa cumpridora e voluntariosa", recorda que insistiu várias vezes para ele regressar definitivamente a Portugal, mas sublinha que o jovem respondia que estava a cumprir o seu dever, "numa causa em que ele acreditava". "Sempre foi um militar", afirmou o comandante dos Bombeiros de Sacavém, com o "sentimento de cumprimento de missão" e que gostaria de regressar ao serviço para um novo contrato.

O jovem português confidenciou ainda a Armando Batista que passou por várias frentes onde se desenrolavam combates, que gravava com uma bodycam.

A sua morte em Kupiansk foi noticiada este domingo. "Estaria há cerca de um ano em cenário de combate", mas a sua morte "não é uma informação totalmente fidedigna", referiu o o secretário de Estado das Comunidades, tendo de ser ainda oficialmente confirmada.
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