PR timorense pede união nacional para ultrapassar desafios do país

por Lusa
Lirio da Fonseca - Reuters

O Presidente timorense apelou hoje à união nacional, necessária, disse, para ultrapassar os grandes desafios do país, e afirmou que a luta pela independência do país esteve intimamente ligada ao conceito de "fraternidade humana"

"O futuro da nossa nação só pode ser garantido quando nos unimos e estamos dispostos a continuar a compreender as diferenças uns dos outros. Diversidade, tolerância, diálogo e fraternidade humana são vitais para que isso aconteça, e também para que qualquer nação possa prosperar", afirmou José Ramos-Horta, num discurso no Parlamento Nacional.

"Estes valores devem servir-nos de guia para que todos sejam capazes de contribuir para a economia do nosso país. Para que todos sejam capazes de aproveitar eficazmente o seu potencial, os seus talentos e recursos para melhorar o seu nível de vida", explicou, num discurso que marcou a abertura da última sessão legislativa desta legislatura, considerando que a marginalização de algumas comunidades enfraquece o Estado e que "fraturas e rachaduras na fundação" do país a tornam mais vulnerável ao colapso".

"Não só enterrámos velhas divisões entre nós que se haviam prolongado desde o tempo da nossa curta e trágica guerra civil, como também passamos a considerar o país com o qual nos separámos formalmente à meia-noite de 20 de Maio de 2002 como amigos e parceiros", afirmou, recordando o dia da restauração da independência, depois de 24 anos de ocupação pela Indonésia.

Ramos-Horta deu conta do que fez nos primeiros 100 dias de mandato, traçando igualmente "as prioridades nacionais absolutas para os próximos cinco anos, para cada líder, cada governo, cada partido político, para toda sociedade".

No longo discurso, Ramos-Horta recordou a instabilidade no país desde 2017, a pandemia da covid-19, catástrofes naturais e o elevado número de mortes devido à dengue, no início deste ano, situações que tiveram grande impacto no país, numa referência à crise económica e à invasão da Ucrânia.

"Devemos perguntar-nos: estamos unidos, empenhados, educados, informados, sábios, com ferramentas de conhecimento para navegar nestas tempestades e alcançar as margens da nossa comum Uma Lisan [casa tradicional] chamada Timor-Leste?", questionou.

Desde que tomou posse, Ramos-Horta imprimiu já várias mudanças no funcionamento da Presidência da República, entre os quais a abertura do espaço a crianças e outros setores da sociedade, incluindo artistas.

Ramos-Horta explicou à Lusa que doa metade do seu vencimento mensal assim como os `per diems` a que tem direito em viagens internacionais, tendo proibido a sua atribuição para reuniões do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa e Segurança.

Proibiu o pagamento dos mesmos subsídios a todo o staff da Presidência - exceto motoristas - em deslocações em Timor-Leste - se integrados na comitiva presidencial, travou a compra de novas viaturas e o uso de carros da Presidência fora das horas de serviço.

Acompanhantes do Presidente em viagens internacionais - num máximo de sete pessoas - viajam em económica (exceto em casos de problemas de saúde), e o próprio chefe de Estado viaja em económica em deslocações de menos de cinco horas.

O chefe de Estado disse que quer ser "voz das expectativas, medos, desilusões, e também de esperanças" da sociedade timorense, procurando "ser a voz daqueles que não a têm", dentro ou fora de fronteiras, e honrou os heróis da luta pela libertação do país.

Ramos-Horta explicou à Lusa que doa metade do seu vencimento mensal assim como os `per diems` a que tem direito em viagens internacionais, tendo proibido a sua atribuição para reuniões do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa e Segurança.

Proibiu o pagamento dos mesmos subsídios a todo o staff da Presidência - exceto motoristas - em deslocações em Timor-Leste - se integrados na comitiva presidencial, travou a compra de novas viaturas e o uso de carros da Presidência fora das horas de serviço.

Acompanhantes do Presidente em viagens internacionais - num máximo de sete pessoas - viajam em económica (exceto em casos de problemas de saúde), e o próprio chefe de Estado viaja em económica em deslocações de menos de cinco horas.

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