Presidente abriu a votação com atrasos em alguns locais

por Lusa

As primeiras assembleias de voto abriram às 07h00 em Moçambique (menos uma hora em Lisboa) para as quintas eleições autárquicas no país, registando-se alguns atrasos, com o Presidente da República a 'abrir' a votação em Maputo.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, foi o primeiro a votar, acompanhado pela esposa, na Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, e em direto para os principais canais de televisão do país.

"Esta é a ocasião para escolher", referiu numa pequena intervenção antes de deixar o local, saudando os moçambicanos que entendem que "o país só pode ser dirigido por pessoas da opção deles".

Enquanto o chefe de Estado votava em Maputo, as mesas de voto ainda não tinham aberto no pavilhão dos desportos de Nampula, terceira maior cidade do país e a principal do norte de Moçambique.

O pavilhão é um dos locais onde mais eleitores estão inscritos e eram tantos aqueles que estavam à porta que foi necessário as autoridades organizarem filas para alguns membros das mesas de voto poderem entrar.

André Batista, 32 anos, foi um dos eleitores que se juntou à multidão.

Os eleitores de Nampula votam pela terceira vez em 2018, depois de eleições intercalares a duas voltas, no início do ano.

"Não há problema nenhum em votar pela terceira vez", referiu André Batista à Lusa, dizendo que quer mais transportes públicos na cidade.

As mesas de voto estavam ainda a ser preparadas, às 07:00, na Escola Primária Completa de Hombua, no meio rural dos arredores de Chimoio, capital provincial no centro do país, constatou a reportagem da Lusa.

No local, a população também já se juntava para votar.

Um total de 3.910.712 eleitores escolhem hoje os presidentes dos 53 conselhos autárquicos de Moçambique e respetivos membros das assembleias municipais, para as quintas eleições autárquicas na história do país.

Nas eleições municipais de 2013, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que governa o país desde a independência, em 1975, conquistou 49 dos 53 municípios e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) venceu em quatro, nas capitais provinciais de Beira, Nampula e Quelimane e na autarquia de Gurué.

Na altura, o principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) não concorreu às eleições, em discordância com a lei eleitoral e os órgãos eleitorais que essa legislação criou.

Desta vez, a Renamo participa na votação, depois de já ter participado e vencido a eleição intercalar de Nampula, principal cidade do norte do país, no início do ano.

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