O primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, assumiu que o seu governo assinou um controverso acordo de segurança com a China, mas "de olhos abertos", recusando-se a dizer quando será publicado.
O acordo, anunciado por Pequim na terça-feira, foi duramente criticado pelos aliados do arquipélago, os Estados Unidos e a Austrália, preocupados com as ambições militares de Pequim no Pacífico.
Sogavare disse no parlamento que era uma "honra e um privilégio" anunciar que o acordo tinha sido assinado por responsáveis em Honiara e Pequim "há alguns dias".
Contudo, recusou-se a dizer ao líder da oposição quando a versão assinada do pacto seria tornada pública.
No mês passado, foi divulgada uma versão preliminar do acordo. O teor do documento foi imediatamente criticado pela Austrália, porque permitia destacamentos navais e policiais no arquipélago.
Camberra e Washington estão há muito preocupados com a possibilidade de a China construir uma base naval no Pacífico Sul, permitindo-lhe projetar o seu poder marítimo muito para além das suas fronteiras.
Sogavare disse que o acordo com a China "complementa" o tratado existente entre o seu país e a Austrália. E salientou que o "status quo" não cobria as "lacunas críticas de segurança" da nação do Pacífico.
"Deixem-me assegurar à população que celebrámos um acordo com a China de olhos abertos, guiados pelos nossos interesses nacionais", acrescentou.
O primeiro-ministro apelou ainda a todos os "vizinhos, amigos e parceiros do país a respeitarem os interesses soberanos das Ilhas Salomão".