Mundo
Prioridade a sul-africanos brancos. Admissão de refugiados nos EUA cai para 7.500
Somente 7.500 refugiados serão admitidos nos Estados Unidos no ano fiscal de 2026, anunciou a Administração Trump num comunicado publicado esta quinta-feira.
É uma quebra drástica face ao limite anterior de 125.000 estabelecido pelo ex-presidente Joe Biden.
O executivo de Trump decidiu ainda dar prioridade aos sul-africanos brancos. Em janeiro de 2025, Trump assinou uma ordem executiva que suspendeu o Programa de Admissão de Refugiados dos EUA (USRAP), alegando que este permitiria às autoridades norte-americanas dar prioridade à segurança nacional e à segurança pública.
De acordo com a BBC, não foi dada qualquer justificação para o corte, mas o comunicado afirma que é "justificado por preocupações humanitárias ou serve o interesse nacional".
O aviso publicado no site do Federal Register informava que as 7.500 vagas seriam destinadas "principalmente" a sul-africanos de origem africânder e "outras vítimas de discriminação ilegal ou injusta nos respetivos países de origem".
Em maio, no Salão Oval, Trump criticou o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa e afirmou que os agricultores brancos do seu país estavam a ser mortos e "perseguidos".
A Casa Branca exibiu também um vídeo que, segundo eles, mostrava locais de enterro de agricultores brancos assassinados. Trump disse não saber onde na África do Sul a cena tinha sido filmada.
O tenso encontro ocorreu poucos dias depois de os EUA terem concedido asilo a 60 africânderes. Mais tarde, descobriu-se que os vídeos eram cenas de um protesto de 2020, no qual as cruzes representavam agricultores mortos ao longo de vários anos.
Críticas
A política americana de aceitação de sul-africanos brancos já gerou acusações de tratamento injusto por parte de grupos de defesa dos refugiados.
Alguns defendem que os EUA estão agora efectivamente fechados a outros grupos perseguidos ou a pessoas que enfrentam riscos nos seus países de origem, e até mesmo a antigos aliados que ajudaram as forças americanas no Afeganistão ou no Médio Oriente.
"Esta decisão não reduz apenas o limite de admissão de refugiados", disse Krish O'Mara Vignarajah, CEO e presidente da Global Refuge, na quinta-feira. "Ela também diminui a nossa reputação moral".
Em maio, no Salão Oval, Trump criticou o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa e afirmou que os agricultores brancos do seu país estavam a ser mortos e "perseguidos".
A Casa Branca exibiu também um vídeo que, segundo eles, mostrava locais de enterro de agricultores brancos assassinados. Trump disse não saber onde na África do Sul a cena tinha sido filmada.
O tenso encontro ocorreu poucos dias depois de os EUA terem concedido asilo a 60 africânderes. Mais tarde, descobriu-se que os vídeos eram cenas de um protesto de 2020, no qual as cruzes representavam agricultores mortos ao longo de vários anos.
Críticas
A política americana de aceitação de sul-africanos brancos já gerou acusações de tratamento injusto por parte de grupos de defesa dos refugiados.
Alguns defendem que os EUA estão agora efectivamente fechados a outros grupos perseguidos ou a pessoas que enfrentam riscos nos seus países de origem, e até mesmo a antigos aliados que ajudaram as forças americanas no Afeganistão ou no Médio Oriente.
"Esta decisão não reduz apenas o limite de admissão de refugiados", disse Krish O'Mara Vignarajah, CEO e presidente da Global Refuge, na quinta-feira. "Ela também diminui a nossa reputação moral".