Projeto-piloto ensina mandarim a quase 300 estudantes no Rio do Janeiro

por Lusa

Um projeto-piloto vai ensinar mandarim, de forma gratuita, a quase 300 estudantes em três escolas públicas do ensino primário e secundário na cidade do Rio do Janeiro, no sudeste do Brasil.

O programa foi aprovado pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e tem o apoio do Consulado-Geral da China na Cidade, avançou hoje a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

O Instituto Confúcio na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro disponibilizou manuais de mandarim em língua portuguesa e, após o início do projeto, irá enviar regularmente docentes às três escolas para darem formação e apoio aos professores locais.

O lançamento aconteceu na quarta-feira, na sede da Associação Cultural Chinesa do Rio de Janeiro, com a presença do diretor-geral da subsidiária brasileira da petrolífera estatal chinesa China National Offshore Oil Corporation, patrocinadora do projeto-piloto.

Huang Yehua disse esperar que "cada vez mais jovens brasileiros gostem, aprendam, dominem e usem o mandarim, tornando-se embaixadores para o desenvolvimento da amizade China-Brasil, quando crescerem".

Em dezembro de 2021, um grupo de 89 universidades brasileiras assinou um acordo para lançar um projeto de ensino de mandarim, em conjunto com a agência governamental chinesa responsável pelo Instituto Confúcio.

A diretora executiva do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras, Rossana Silva, disse que o grupo quer apostar no ensino do mandarim para poder cooperar com universidades e empresas chinesas em várias áreas.

O Centro de Intercâmbio e Cooperação de Língua Chinesa e Estrangeira, sob a tutela do Ministério da Educação da China, gere o Instituto Confúcio, que estabelece delegações diretamente em escolas e `campus` universitários no estrangeiro.

Em Portugal, o instituto garante cursos livres de mandarim em cinco universidades portuguesas - Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Minho.

O Instituto Confúcio tem também delegações em várias universidades do Brasil, Angola, Moçambique, na Universidade de São Tomé e Príncipe e na Universidade de Cabo Verde.

Em abril de 2021, 21 congressistas e senadores norte-americanos acusaram as delegações do Instituto Confúcio nos Estados Unidos da América de pressionar o pessoal docente para evitar tópicos que possam ser negativos para os interesses do regime chinês.

Outros países têm cortado relações com o Instituto Confúcio, incluindo o Canadá, Austrália ou Suécia.

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