Mundo
Guerra na Ucrânia
Putin e Trump ausentes da Turquia. "Próximos passos" de Zelensky ainda por decidir
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontra-se esta quinta-feira com o homólogo turco em Ancara, onde irá decidir acerca das conversações de paz com a Rússia. Vladimir Putin já confirmou que não irá comparecer, mas enviou uma delegação de conselheiros e vice-ministros para as negociações. Entretanto, no terreno, a última noite foi marcada pelo lançamento de mais de uma centena de drones russos sobre o país vizinho.
Acabado de aterrar em Ancara, o presidente da Ucrânia reiterou que apenas decidirá os próximos passos depois da reunião com Erdogan. Adiantou, no entanto, que Kiev está em contacto com a delegação dos EUA acerca das conversações com a Rússia.
Zelensky disse ainda aos jornalistas no aeroporto de Ancara que a delegação russa enviada à Turquia para conversações é "decorativa".
Zelensky disse ainda aos jornalistas no aeroporto de Ancara que a delegação russa enviada à Turquia para conversações é "decorativa".
Já a delegação ucraniana "é do mais alto nível" e irá "tomar todas as decisões suscetíveis de conduzirem à paz", assegurou o líder ucraniano.
Até ao momento, a Ucrânia não comunicou nem o calendário da reunião com os russos nem a composição exata da sua delegação. Do lado russo, estarão presentes o conselheiro presidencial Vladimir Medinsky, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Mikhail Galuzin e o vice-ministro da Defesa Alexander Fomin.
Apesar de não participar presencialmente, o presidente russo teve ontem à noite uma reunião com alguns dos mais poderosos funcionários russos para discutir as próximas conversações de paz com a Ucrânia, anunciou o Kremlin.
Vladimir Putin propôs no domingo conversações diretas com a Ucrânia e, depois de Donald Trump ter dito publicamente a Volodymyr Zelensky para aceitar, o líder ucraniano concordou, mas exigiu que Putin comparecesse pessoalmente.O presidente dos EUA, que estará ausente das eventuais conversações desta quinta-feira, declarou esta manhã que iria à Turquia na sexta-feira "se for apropriado".
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse por sua vez que não há solução militar para a guerra na Ucrânia, mas que esta pode surgir por via de canais diplomáticos.
"Não há solução militar para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Esta guerra terminará não por meio de uma solução militar, mas por meio de uma solução diplomática", considerou o responsável.
"Há muito trabalho a ser feito. Continuamos comprometidos com esse objetivo. Obviamente, como todos, estamos impacientes, queremos que isso aconteça, mas é difícil (...) esperamos que haja progresso em breve", acrescentou.
"Quanto mais cedo for alcançado um acordo para pôr fim à guerra, menos pessoas morrerão e menos destruição haverá".Rússia lançou 110 drones
Na última noite, a Rússia lançou 110 drones sobre o território ucraniano, incluindo aeronaves de ataque não tripuladas e réplicas de drones, de acordo com a Força Aérea ucraniana.
Do número total de drones, 62 aeronaves de ataque não tripuladas modelo Shahed foram abatidas pelas defesas ucranianas em diversas regiões do leste, norte, oeste e centro do país.
Outros 29 drones réplica, utilizados pelas forças russas para confundir as defesas inimigas, caíram sem causar danos.
Os ataques provocaram danos nas regiões ucranianas de Sumi (nordeste), Dnipropetrovsk e Poltava (centro), Kiev (norte) e Ivano Frankivsk (oeste).
c/ agências