Putin pede avaliação imediata de danos das cheias sem tréguas na Rússia

por Lusa

O Presidente russo, Vladimir Putin, pediu hoje uma avaliação imediata dos danos causados pelas fortes cheias na Rússia, enquanto as águas ameaçam inundar mais territórios no sul dos Urais.

"Deve ser feita em tempo útil, sem demoras, sem pausas", disse o líder russo durante uma reunião por videoconferência com o Conselho de Ministros para debater a situação nas zonas afetadas pelas piores inundações em décadas no país.

Foram afetadas principalmente as regiões de Oremburgo, Tyumen e Kurgan, que fazem fronteira com o Cazaquistão, onde foi declarado estado de emergência devido à súbita subida do nível das águas de alguns rios.

"Agradeço a todos os colegas das regiões [afetadas], porque vejo o vosso trabalho árduo", disse Putin, dirigindo-se aos ministros e governadores presentes na reunião.

Prometeu também convocar novo encontro após o fim da situação de emergência para abordar assuntos relacionados com a reconstrução dos territórios alagados.

"Depois, quando as águas baixarem, reunir-nos-emos num formato mais alargado com os dirigentes dos municípios e discutiremos questões relacionadas com a recuperação das infraestruturas e da habitação", afirmou.

Entretanto, o ministro das Situações de Emergência russo, Alexander Kurenkov, alertou que se espera um agravamento da situação na região de Kurgan nos próximos dias, uma vez que o nível das águas do rio Tobol subiu até aos dez metros, "um máximo histórico".

Neste momento, em cerca de 25 localidades da região, há mais de 600 casas e cerca de 2.000 terrenos inundados.

Por sua vez, o governador de Tyumen, Alexandr Moor, acrescentou que, depois de Kurgan, a água está a fluir para essa região siberiana, onde ameaça mais de uma centena de aldeias.

Anteriormente, soube-se que pelo menos cinco pessoas morreram nas cheias na região russa de Oremburgo.

O Comité de Investigação da Rússia abriu dois processos penais por violação das normas de segurança e negligência na sequência das inundações, causadas pela subida do rio Ural e pela rutura de um dique de contenção no rio.

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