Pyongyang construiu monumentos nos locais de lançamento de mísseis

por Lusa

Seul, 11 mar (Lusa) -- A Coreia do Norte construiu monumentos nos pontos onde lançou os seus mais recentes e sofisticados mísseis intercontinentais, de acordo com um trabalho publicado hoje baseado em imagens de satélite.

O regime construiu monólitos comemorativos nos locais onde lançou os mísseis Hwasong-14 e Hwasong-15 pela primeira vez, de acordo com um trabalho publicado hoje pela Arms Control Association, uma organização sem fins lucrativos com sede em Washington que pretende promover o controlo de armamento.

Com fotos realizadas entre outubro de 2017 e março deste ano, os analistas localizaram dois monumentos nos pontos onde os lançadores de mísseis foram colocados, lançando os mísseis respetivamente em 04 de julho e 28 de novembro do ano passado em Panghyon (província de Pyongan, Norte) e Pyongsong (Pyongs do Sul).

Ambos os modelos são os ICBM mais avançados que o regime norte-coreano testou até à data e os especialistas acreditam que poderiam ser um meio viável para atacar o território dos EUA devido ao seu alcance e à sofisticação.

Na verdade, no dia 29 de novembro, no dia seguinte ao lançamento do Hwasong-15, a Coreia do Norte declarou que alcançou o estatuto nuclear, assegurando que pode equipar os seus projéteis com cabeças e atingir objetivos em território norte-americano.

A construção desses monumentos é conhecida na abordagem da Coreia do Norte com os EUA para tentar negociar a sua possível desnuclearização e realça a extrema importância que Pyongyang dá ao seu programa nuclear e de mísseis.

O presidente dos EUA disse esta semana que se reunirá com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, em maio, no que, a acontecer, será o primeiro encontro na história de dois líderes de ambos os países.

O Japão já informou que pretende contribuir com cerca de 300 milhões de ienes (mais de 2,2 milhões de euros ou 2,8 milhões de dólares) para a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) se a Coreia do Norte aceitar inspeções às suas instalações nucleares.

Esta é uma das medidas que o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe pretende aplicar se a Coreia do Norte apostar efetivamente na desnuclearização, de acordo com a agência de notícias Kyodo, que cita fontes do governo japonês.

O presidente norte-americano, Donald Trump defendeu sábado que as conversações com o líder norte-coreano Kim Jong-Un serão "um tremendo sucesso", elogiou a colaboração da China e criticou a inação dos seus antecessores, afirmando que "não fizeram nada".

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