Quase 400 feridos no Líbano após confrontos entre polícia e manifestantes

por Lusa

Quase 400 pessoas ficaram feridas no Líbano em confrontos entre manifestantes e forças de segurança em Beirute na noite de sábado, o dia mais violento desde o início dos protesto, segundo a agência de notícias France-Presse.

Cerca de 377 pessoas foram tratadas no local ou transportadas para hospitais, durante confrontos na área próxima do Parlamento e da Praça dos Mártires, epicentro do protesto em Beirute, de acordo com informações da Cruz Vermelha libanesa e da proteção civil compilada pela agência de notícias France-Presse.

No sábado registaram-se violentos confrontos entre manifestantes e forças da ordem em Beirute, no Líbano, onde um movimento de contestação popular inédito entrou no seu quarto mês.

Estes foram os confrontos mais violentos desde o início da contestação, em 17 de outubro de 2019, num país em plena crise política e económica.

Os confrontos ocorreram em frente a uma das principais entradas do Parlamento e os manifestantes, muitos de cara tapada, lançaram pedras, ramos de árvores e postes de sinalização na direção da polícia de choque.

A polícia dispersou os manifestantes com canhões de água e disparos de gás lacrimogéneo.

Inicialmente estava prevista uma manifestação perto do Parlamento e vários grupos deveriam convergir para o local provenientes de diferentes pontos da capital e arredores, mas a situação deteriorou-se antes da chegada dos grupos.

O movimento de contestação, que levou à demissão no final de outubro do primeiro-ministro, Rafic Hariri, tem como alvo uma classe política acusada de corrupção e incompetência e reclama um Governo formado por tecnocratas e personalidades independentes.

Na terça e na quarta-feira, a capital libanesa já tinha sido cenário de violência, durante a noite, com atos de vandalismo contra vários bancos e confrontos entre a polícia e manifestantes.

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