Foto: Lusa (arquivo)
Os ministros europeus da Defesa e dos Negócios Estrangeiros estão reunidos, esta terça-feira, em Bruxelas. Paulo Rangel falou à margem da reunião e lamentou que a "intolerável" situação humanitária na Faixa de Gaza que tem piorado desde março.
"A situação tem vindo a degradar-se para níveis muito mais graves do que aqueles que já existiam e que eram muito graves antes disso", continuou Paulo Rangel.
Portugal assinou, na segunda-feira, a declaração que o Reino Unido, a Alemanha e a França propuseram aos Estados doadores de ajuda humanitária.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros não negou que a situação possa "agravar nos próximos dias", afetando principalmente, dezenas de milhares de crianças.
"Sinceramente, acho que a situação se tem agravado imenso, eu fui sempre muito cauteloso porque a palavra `genocídio` tem implicações jurídicas e pressupostos jurídicos muito sérios, mas o agravamento da situação é claro", disse Paulo Rangel, questionado pelos jornalistas sobre se as ações de Israel podem classificar-se como genocídio da população palestiniana.
O Governo de Luís Montenegro, segundo o ministro, "foi o único que, até agora, cancelou o fornecimento de qualquer armamento a Israel".
Paulo Rangel considerou também que a situação em Gaza é "absolutamente intolerável e não pode continuar em caso algum".