Restaurante palestiniano em São Paulo atacado com gás lacrimogéneo

por Lusa

Um restaurante palestiniano no centro de São Paulo foi atacado no domingo por cinco homens que atiraram gás lacrimogéneo e gás pimenta para o interior do estabelecimento.

O ataque ocorreu na madrugada, quando vários trabalhadores, principalmente imigrantes palestinianos, sírios, cubanos e argelinos, ainda se encontravam no estabelecimento que havia recebido horas antes a apresentação de um livro da escritora chilena Lina Meruane, chamado Al Janiah (Tornar-se Palestiniano).

Segundo testemunhas, três dos cinco homens, um deles vestindo uma camisa com a bandeira do estado de São Paulo, abriram a porta do restaurante, localizado no bairro central de Bela Vista, e atiraram gás lacrimogéneo, tentando depois impedir que pessoas pudessem sair.

Posteriormente, foi lançado gás pimenta e os responsáveis pelo ataque fugiram, como confirmam as câmaras de segurança da rua e do restaurante.

O ataque não provocou ferimentos.

A administração do restaurante disse que não fizeram qualquer denúncia à polícia porque as autoridades não responderam à chamada de emergência.

O deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, do Partido dos Trabalhadores, escreveu na sua conta na rede social Twitter que o ódio que o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, "destila nas palavras" "incentiva a ações como esta, sem propósito, sem motivo, sem explicação".

Há três anos, quando Jair Bolsonaro não era ainda Presidente, o mesmo restaurante foi alvo de um ataque semelhante com gás lacrimogéneo e ninguém ficou ferido.

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