Rússia vai reduzir presença militar na Síria ainda este ano

por Lusa

Sotchi, Federação Russa, 24 nov (Lusa) -- Os militares russos preveem reduzir a sua presença na Síria ainda durante este ano, afirmou na quinta-feira o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas russas à comunicação social.

"Vai haver uma decisão tomada pelo comandante-em-chefe e o grupo (que opera na Síria) vai ser reduzido", afirmou o general Valéri Gerasimov, respondendo à questão de saber se a Federação Russa pretendia reduzir a sua presença na síria até ao final do ano.

"Quando acabarmos as nossas missões militares, já não há mais a cumprir", acrescentou Gerasimov.

Questionado sobre a dimensão da retirada, o dirigente militar indicou que seria "importante", se bem que não tenha ficado claro se se referia a este ano ou a uma data posterior.

Mas algumas unidades russas vão permanecer no país, mesmo depois de Moscovo ter reduzido o seu envolvimento nos ataques aéreos e nas operações terrestres.

"Vamos manter no terreno o Centro para a reconciliação das partes, as nossas bases militares (em Tartous e Hmeimim, no oeste do país) e várias estruturas necessárias à manutenção" da situação, adiantou Gerasimov.

Vladimir Putin teve esta semana uma série de reuniões, designadamente com o seu homólogo sírio, Bachar Al-Assad, turco, Recep Tayyip Erdogan, e o iraniano, Hassan Rohani, declarando que a crise síria tinha entrado em "uma nova fase", depois de o país ter sido "salvo enquanto Estado".

Moscovo envolveu-se no conflito na Síria em setembro de 2015, através de uma campanha de bombardeamentos em apoio a Al-Assad, que fez inclinar o conflito a seu favor.

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