Sarkozy considerado culpado de corrupção ativa e tráfico de influências

por RTP
Sarkozy no tribunal Reuters

O antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy foi considerado culpado de corrupção ativa, visando um magistrado, e de tráfico de influências. Foi condenado a três anos de prisão, com dois de pena suspensa. Ou seja, um ano de prisão efetiva. É o segundo Chefe de Estado a ser condenado em França, mas o primeiro por corrupção ativa.

A decisão foi conhecida ao início da tarde desta segunda-feira no Tribunal de Paris.

À chegada, como constatou a correspondente da RTP em França, Rosário Salgueiro, que acompanhou todo o processo, o antigo Presidente estava tranquilo, acenando com a cabeça aos jornalistas e agradecendo aos polícias.



Sarkozy estava acusado de corrupção ativa e de tráfico de influências. Foi agora condenado.

O Ministério Público francês acusou-o de ter arquitetado um pacto de corrupção com um juiz de Marselha e com intermediação do seu advogado, tendo em vista receber informações de uma outra investigação onde era visado.
Sarkozy volta a sentar se no banco dos réus a 17 de março, como suspeito de ter recebido finaciamento ilegal para a campanha presidencial de 2012.

Nicolas Sarkozy foi escutado ao telefone a prometer um lugar no Mónaco para o juiz a troco dessas informações.

A acusação pediu, durante o julgamento, quatro anos de condenação, dos quais dois com prisão efetiva. A defesa exigia a liberdade por falta de provas.

Durante todo o processo, o antigo Chefe de estado francês negou os factos, considerando-os uma infâmia.

O juiz Gilbert Azibert também foi condenado por corrupção passiva e delito de tráfico de influências.

O advogado de Sarkozy, Thierry Herzog, foi igualmente considerado culpado de corrupção ativa a um magistrado e de tráfico de influências. 

Foi condenado a três anos de prisão, sendo que, tal como a Sarkozy, só um de pena efetiva.
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