Síria acusa Israel de ataques aéreos contra posição militar no sul do país

por Lusa

Israel atacou na madrugada de hoje uma posição militar no sul da Síria, provocando apenas danos materiais, segundo o Ministério da Defesa de Damasco e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

"Por volta das 02:55 (00:55 em Lisboa), o inimigo israelita realizou um ataque com mísseis (...) visando os nossos locais de defesa aérea na região sul", informou o Ministério da Defesa sírio em comunicado, acrescentando que apenas houve danos materiais.

Por sua vez, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos indicou "ataques israelitas visando uma posição de radar do Exército sírio na província de Daraa, que detetou a entrada de aviões israelitas" no espaço aéreo do país.

O diretor desta organização não-governamental sediada no Reino Unido que conta com uma vasta rede de fontes na Síria, Rami Abdel Rahmane, disse que os ataques ocorreram "num momento em que aeronaves israelitas sobrevoavam intensamente a região de Daraa, sem que as defesas antiaéreas entrassem em ação".

As forças israelitas realizaram centenas de ataques na Síria desde o início da guerra em 2011 no país vizinho, alvejando particularmente grupos pró-iranianos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou "nos termos mais fortes" o ataque de hoje atribuído a Israel e aos que o precederam no seu território.

A Síria apelou também à comunidade internacional e às Nações Unidas "para que tomem todas as medidas dissuasivas para pôr fim" aos ataques israelitas, de acordo com a diplomacia de Damasco em comunicado.

Os últimos ataques ocorrem no momento em que fortes explosões foram relatadas na manhã de hoje no centro do Irão.

Israel alertou que iria retaliar após o Irão disparar centenas de mísseis e `drones` contra o território israelita no fim de semana passado.

Este ataque sem precedentes ocorreu na sequência de um bombardeamento contra o Consulado iraniano em Damasco, atribuído a Israel.

O ataque destruiu o consulado iraniano em 01 de abril e matou 16 pessoas, incluindo sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, incluindo dois oficiais superiores.

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