Soldados da União Africana disparam sobre manifestantes em Mogadíscio

por Lusa

Mogadíscio, 18 out (Lusa) - A polícia da Somália disse hoje que os soldados da União Africana dispararam sobre protestantes em fúria que se dirigiam para o local do mais mortífero atentado na história do país, que vitimou mais de 300 pessoas.

De acordo com o polícia Ahmed Ali, citado pela agência de notícias AP, as tropas responderam com fogo quando foram atacadas com pedras que alguns manifestantes lhes arremessaram.

Presumíveis terroristas da organização Al-Shebab detonaram camiões armadilhados num antigo mercado e num hotel no movimentado centro da cidade no sábado, matando mais de 300 pessoas, a maioria das quais civis.

Esta manhã, milhares de pessoas marcharam pelas ruas da capital da Somália numa demonstração de unidade e de crítica ao atentado do fim de semana, que feriu ainda quase 400 pessoas.

O Governo da Somália culpou o grupo terrorista Al-Shebab, ligado à Al-Qaida, pelo atentado.

O Governo somali dispensou militares para ajudar os serviços de emergência nas buscas de sobreviventes daquele que é considerado o pior atentado na história do país.

Numerosos edifícios próximos das explosões ficaram completamente destruídos e os hospitais estão com as instalações sobrelotadas com os feridos, sendo que não dispõem de medicamentos suficientes e sangue para as transfusões.

O ataque a Mogadíscio foi um dos mais mortais na África subsaariana, maior do que o perpetrado na Universidade de Garissa, no Quénia, em 2015, ou os ataques às embaixadas dos Estados Unidos no Quénia e na Tanzânia em 1998.

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