Três em cada dez vítimas de burlas telefónicas em Macau são estudantes universitários

por Lusa

Quase 30% das vítimas da recente vaga de burlas telefónicas em Macau, que já causou prejuízos equivalentes a 1,32 milhões de euros em menos de um mês, são estudantes universitários, disse a Polícia Judiciária (PJ).

Esta conclusão resultou da análise das denúncias e dos dados dos inquéritos dos casos, apresentados entre 20 de julho e 09 de agosto, realizada pela PJ para "melhorar a prevenção e combate" à recente onda de burlas telefónicas.

Em comunicado, divulgado no domingo, a PJ indicou que manteve uma reunião na quinta-feira com o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) e instituições de ensino para "discutir a realização de campanhas de sensibilização e prevenção de burlas telefónicas nas instalações académicas", atendendo a que os universitários "caem facilmente nas armadilhas por não estarem consciencializados para o problema".

As autoridades de Macau sinalizaram, em menos de um mês, entre 20 de julho e 16 de agosto, 49 casos de burla telefónica, em que os burlões fingem ser funcionários dos serviços públicos de Macau, que resultaram em prejuízos de 12,5 milhões de patacas (1,32 milhões de euros), de acordo com dados facultados na quinta-feira pela PJ.

O primeiro suspeito da vaga de burlas telefónicas foi detido a 31 de julho.

A PJ criou, com o apoio de outras entidades, um "mecanismo de prevenção conjunta contra burlas", que permite aos operadores de telecomunicações cancelar os números de telefone usados pelos burlões.

Foi ainda lançado um mecanismo de comunicação direta com a Autoridade Monetária, o setor bancário e o centro contra burla telefónica e informática da China continental para uma ligação permanente e informação imediata para prevenir e combater juntamente as burlas telefónicas.

No âmbito de campanhas de sensibilização e prevenção foi também criada uma linha aberta a funcionar durante 24 horas e afixados cartazes, nomeadamente nos postos fronteiriços.

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