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Trump disposto a agir sozinho contra a Coreia do Norte
O Presidente norte-americano afirmou que está empenhado em terminar com a ameaça norte-coreana, mesmo que a China não aumente a pressão contra o programa nuclear de Pyongyang. As declarações de Donald Trump surgem dias antes de receber, na Florida, o Presidente chinês, Xi Jinping, com quem vai discutir a situação.
“A China tem uma grande influência sobre a Coreia do Norte. E a China é que vai decidir se nos apoia com a Coreia do Norte ou não”, afirmou Donald Trump em entrevista ao jornal Financial Times.
“Se o fizerem isso será muito bom para a China. Se não o fizerem não vai ser bom para ninguém”, acrescentou.
Caso Pequim não o faça, os Estados Unidos estão completamente capazes de impedir Pyongyang desenvolva armas nucleares capazes de atacar os norte-americanos, como o regime da Coreia do Norte repetidamente ameaça. “Os Estados Unidos estão prontos para agir, mesmo sem a ajuda da China”, sublinhou Trump.
Quando questionado se os Estados Unidos estavam prontos para uma ação unilateral contra a Coreia do Norte, Trump foi perentório. “Não necessito de dizer mais nada”, vincou, sem dar mais explicações sobre a forma de retaliação.
No entanto, frisou que não faria como “os Estados Unidos de antes, que anunciavam onde iam atacar no Médio Oriente”.
Reunião com Xi Jinping
A Administração norte-americana tem enfatizado elevada preocupação com a ameaça nuclear da Coreia do Norte. O secretário de Estado Rex Tillerson visitou a China, no passado mês de março, para exortar Pequim a ajudar a reduzir essa ameaça. E no primeiro encontro entre Trump e Xi Jinping, agendado para 6 e 7 de abril na residência de Mar-a-Lago, na Florida, este será um dos temas da agenda.
Na passada quinta-feira, Donald Trump publicou um tweet em que afirmava que o encontro com Xi Jinping seria “muito difícil”, principalmente devido às diferenças comerciais entre os dois países.
Donald Trump acrescentou que tem “grande respeito pelo Presidente chinês e pela China” e que “não seria surpreendente se fizessemos algo muito bom para os dois países. Espero bem que sim”.
Apesar de a China ser um aliado diplomático e económico da Coreia do Norte, Pequim já afirmou que a sua influência sobre o regime liderado por Kim Jong-un é limitada.
No seguimento das sanções impostas pela ONU, para obrigar Pyongyang a renunciar aos programas de armas nucleares e balísticas, Pequim já anunciou o fim das importações de carvão da Coreia do Norte.
Tensão na Península Coreana
O presumível incremento dos programas nuclear e balístico de Pyongyang agravou a tensão na Península Coreana.
Desde o início de 2016 a Coreia do Norte tem realizado uma série de lançamentos de mísseis e efetuado testes nucleares, que já foram condenados pela China.
Em fevereiro, a Coreia do Norte disparou simultaneamente quatro mísseis, três dos quais terminaram a trajetória perto do Japão. Pyongyang afirmou tratar-se de um exercício em caso de ataque contra as bases norte-americanas no arquipélago coreano.
No final de agosto de 2016, a Coreia do Norte disparou, a partir de um submarino, um míssil que percorreu meio milhar de quilómetros em direção ao Japão, o que foi considerado pelos observadores um claro progresso dos programas balísticos de Pyongyang. Já este ano foram disparados vários mísseis.
Há alguns dias, o vice conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou que há “uma possibilidade real de que a Coreia do Norte possa ser capaz de atingir os Estados Unidos com um míssil nuclear até ao fim do mandato de Trump”.
“Se o fizerem isso será muito bom para a China. Se não o fizerem não vai ser bom para ninguém”, acrescentou.
Caso Pequim não o faça, os Estados Unidos estão completamente capazes de impedir Pyongyang desenvolva armas nucleares capazes de atacar os norte-americanos, como o regime da Coreia do Norte repetidamente ameaça. “Os Estados Unidos estão prontos para agir, mesmo sem a ajuda da China”, sublinhou Trump.
Quando questionado se os Estados Unidos estavam prontos para uma ação unilateral contra a Coreia do Norte, Trump foi perentório. “Não necessito de dizer mais nada”, vincou, sem dar mais explicações sobre a forma de retaliação.
No entanto, frisou que não faria como “os Estados Unidos de antes, que anunciavam onde iam atacar no Médio Oriente”.
Reunião com Xi Jinping
A Administração norte-americana tem enfatizado elevada preocupação com a ameaça nuclear da Coreia do Norte. O secretário de Estado Rex Tillerson visitou a China, no passado mês de março, para exortar Pequim a ajudar a reduzir essa ameaça. E no primeiro encontro entre Trump e Xi Jinping, agendado para 6 e 7 de abril na residência de Mar-a-Lago, na Florida, este será um dos temas da agenda.
Na passada quinta-feira, Donald Trump publicou um tweet em que afirmava que o encontro com Xi Jinping seria “muito difícil”, principalmente devido às diferenças comerciais entre os dois países.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 30 March 2017Na entrevista ao Financial Times, o Presidente norte-americano reconheceu que “a China tem uma grande influência na Coreia do Norte” e que “pretende usar os acordos comerciais para convencer a China a resolver a situação no país”.
Donald Trump acrescentou que tem “grande respeito pelo Presidente chinês e pela China” e que “não seria surpreendente se fizessemos algo muito bom para os dois países. Espero bem que sim”.
Apesar de a China ser um aliado diplomático e económico da Coreia do Norte, Pequim já afirmou que a sua influência sobre o regime liderado por Kim Jong-un é limitada.
No seguimento das sanções impostas pela ONU, para obrigar Pyongyang a renunciar aos programas de armas nucleares e balísticas, Pequim já anunciou o fim das importações de carvão da Coreia do Norte.
Tensão na Península Coreana
O presumível incremento dos programas nuclear e balístico de Pyongyang agravou a tensão na Península Coreana.
Desde o início de 2016 a Coreia do Norte tem realizado uma série de lançamentos de mísseis e efetuado testes nucleares, que já foram condenados pela China.
Em fevereiro, a Coreia do Norte disparou simultaneamente quatro mísseis, três dos quais terminaram a trajetória perto do Japão. Pyongyang afirmou tratar-se de um exercício em caso de ataque contra as bases norte-americanas no arquipélago coreano.
No final de agosto de 2016, a Coreia do Norte disparou, a partir de um submarino, um míssil que percorreu meio milhar de quilómetros em direção ao Japão, o que foi considerado pelos observadores um claro progresso dos programas balísticos de Pyongyang. Já este ano foram disparados vários mísseis.
Há alguns dias, o vice conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou que há “uma possibilidade real de que a Coreia do Norte possa ser capaz de atingir os Estados Unidos com um míssil nuclear até ao fim do mandato de Trump”.