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Trump diz ser alvo da maior "caça às bruxas" de sempre
O Presidente norte-americano reagiu na sua conta da rede social Twitter à nomeação de Robert Mueller como procurador especial para investigar alegadas intervenções da Rússia na campanha presidencial.
Mueller foi procurador e diretor do FBI entre 2001 e 2013 e a sua nomeação foi aplaudida por democratas e republicanos.
O pedido para a nomeação de um procurador especial, independente do poder político, para liderar o inquérito às ligações entre a campanha de Trump e Moscovo, era uma exigência dos democratas e é um revés para o Presidente.
Trump já tinha dito esta manhã em comunicado que a investigação só irá revelar que estas ligações não existem nem existiram.
Horas depois tornou público o seu grau de frustração com o caso, em dois tweets sucessivos.
"Com todos os actos ilegais que tiveram lugar na campanha Clinton&Administração Obama, nunca houve a nomeação de um conselho especial!", começou por afirmar.
Já ontem, Trump afirmou ser o político mais injustiçado de sempre, perante novas alegações de que tentou pressionar James Comey, enquanto diretor do FBI, a por um ponto final nas investigações a um ex-conselheiros para a Segurança Nacional, Michael Flynn.
O pedido para a nomeação de um procurador especial, independente do poder político, para liderar o inquérito às ligações entre a campanha de Trump e Moscovo, era uma exigência dos democratas e é um revés para o Presidente.
Trump já tinha dito esta manhã em comunicado que a investigação só irá revelar que estas ligações não existem nem existiram.
Horas depois tornou público o seu grau de frustração com o caso, em dois tweets sucessivos.
With all of the illegal acts that took place in the Clinton campaign & Obama Administration, there was never a special councel appointed!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 18 de maio de 2017
This is the single greatest witch hunt of a politician in American history!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 18 de maio de 2017
"Esta é a maior caça às bruxas de um político na história americana!", concluiu Trump no segundo.
Trump avisa que não vai ceder
Já ontem, Trump afirmou ser o político mais injustiçado de sempre, perante novas alegações de que tentou pressionar James Comey, enquanto diretor do FBI, a por um ponto final nas investigações a um ex-conselheiros para a Segurança Nacional, Michael Flynn.
A recusa de Comey terá levado Trump a demiti-lo, embora o Presidente o negue.
Além de Flynn, as investigações já causaram embaraços ao secretário da Justiça nomeado por Trump, que foi forçado em março a escusar-se das investigações.
Numa altura em que está debaixo de forte pressão e novas polémicas, o presidente dos EUA avisou que não vai ceder aos Media nem ao sistema político.
A publicação das notas de Comey que revelam a alegada pressão por parte do Presidente foi apenas o segundo ataque da semana a Trump nos Media devido à sua proximidade à Rússia e a Putin.
Segunda-feira, uma notícia do Washington Post acusava-o de ter partilhado segredos altamente sensíveis com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov.
Este afirmou hoje que, se o segredo era o uso de computadores portáteis para fazer explodir aviões em voo - como noticiou o Washington Post - "não via ali segredo nenhum" já que, em março, tanto os EUA como o Reino Unido tinham banido o seu uso por parte de passageiros vindos de aeroportos de países muçulmanos.
O Washington Post revelou entretanto uma conversa particular em que o líder dos republicanos na Câmara dos Representantes dizia acreditar que Trump - na altura ainda não nomeado candidato do partido à Casa Branca - tinha sido pago por Putin.
O Congresso, de maioria republicana, rejeitou várias vezes a nomeação de um procurador especial par ainvestigar as alegações democratas, que já vêm da campanha presidencial, mas os desenvolvimentos recentes acabaram por ditar a nomeação do procurador especial.
A missão de Mueller será investigar "todos os laços e/ou coordenação entre o Governo russo e indivíduos associados à campanha do Presidente Donald Trump", mas também "qualquer o assunto" que decorra destas investigações, o que alarga, e muito, o âmbito do inquérito.
A missão de Mueller será investigar "todos os laços e/ou coordenação entre o Governo russo e indivíduos associados à campanha do Presidente Donald Trump", mas também "qualquer o assunto" que decorra destas investigações, o que alarga, e muito, o âmbito do inquérito.