Donald Trump garantiu esta quarta-feira que, em caso de guerra com o Irão, os Estados Unidos adotarão uma “posição forte” e que não haverá necessidade de “tropas no solo”. O Presidente norte-americano acredita que um eventual conflito “não duraria muito tempo”, mas diz esperar que tal não venha a acontecer. Em entrevista à Fox Business, confessou ainda que gostaria de ver Mario Draghi à frente da Reserva Federal.
....Iran’s very ignorant and insulting statement, put out today, only shows that they do not understand reality. Any attack by Iran on anything American will be met with great and overwhelming force. In some areas, overwhelming will mean obliteration. No more John Kerry & Obama!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 25 de junho de 2019
“Qualquer ataque do Irão contra qualquer coisa que seja americana será recebido com uma força grande e avassaladora. Em algumas áreas, grandiosa significará aniquilação. Basta de John Kerry e Obama”, escreveu no Twitter.
“A liderança iraniana não entende as palavras simpatia ou compaixão, nunca as entenderam. Infelizmente, aquilo que entende é força e poder, e os Estados Unidos são, de longe, a mais poderosa força militar do mundo, com 1,5 mil milhões de dólares investidos apenas nos últimos dois anos”.
“É uma pena que isto esteja a acontecer. Eles estão a viver mal neste momento, o seu país não está nada bem economicamente. Isso pode ser mudado muito rapidamente, muito facilmente, mas para isso a liderança tem de acabar com a hostilidade e falar decentemente connosco”, defendeu.
Teerão alega que o avião não tripulado de vigilância norte-americano estava em espaço aéreo iraniano e que foi alertado várias vezes antes de ser lançado um míssil contra o mesmo.
Também Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, garantiu na terça-feira que o drone se encontrava a invadir o espaço aéreo iraniano, algo que diz ter sido possível determinar através da utilização de equipamentos russos de vigilância militar.
Poucos dias depois, Teerão anunciou a retirada parcial do acordo nuclear que tinha assinado com outros seis países em 2015 e que os Estados Unidos haviam já abandonado no ano passado. O Presidente iraniano, Hassan Rouhani, ameaçou mesmo retomar o enriquecimento de urânio.
Trump tem repetido nas últimas semanas as críticas à Fed, banco central norte-americano, reclamando uma descida das taxas de juro. “Devíamos ter Draghi” em vez de Powell, defendeu esta quarta-feira.
“Ninguém tinha ouvido falar de Powell” antes de este ter sido escolhido para a Fed, acrescentou o Presidente. “É graças a mim que está lá e agora quer mostrar que é duro”, afirmou, considerando que “ele não está a fazer um bom trabalho”.
c/ agências