Trump. "Nunca trabalhei para a Rússia"

por RTP
Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América Reuters

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu esta segunda-feira que "nunca" trabalhou para Moscovo, respondendo a um artigo do New York Times. O jornal norte-americano revelou que está em curso, desde 2017, uma investigação do FBI com vista a determinar se Trump alguma vez trabalhou para instâncias russas.

"Nunca trabalhei para a Rússia", declarou o Presidente numa conferência de imprensa nos jardins da Casa Branca. "Penso que é uma vergonha que se coloquem essa questão", acrescentou, antes de seguir para Nova Orleães.

"As pessoas que lançaram essa investigação", continuou Trump, "fizeram-no, imagino eu, porque despedi Comey [James Comey, ex responsável pelo FBI e NDRL] o que foi algo excelente para o país".

No sábado, Donald Trump tinha recusado responder a um jornalista da cadeia televisiva Fox News, que o interrogou sobre se alguma vez tinha trabalhado para o Governo russo, alegando que a questão era até insultuosa.

As ligações do Presidente à Rússia têm estado sob investigação devido às suspeitas de intervenção russa nas eleições para a Presidência em 2016, vencidas por Trump.
"Não sei nada sobre isso"

Também o Washington Post afirma que o Presidente tentou dissimular detalhes das suas conversas ao telefone com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. Donald Trump negou esta segunda-feira, com veemência, as acusações.

"Não sei nada sobre isso, são muitas notícias falsas [fake news]", ripostou. "Foi um encontro coroado de sucesso", acrescentou, referindo-se aparentemente à cimeira de Helsínquia em julho de 2018, com Putin.

Depois dessa reunião, Trump foi criticado, até mesmo dentro do seu partido, pela atitude conciliatória com o Presidente russo, especialmente sobre a questão da ingerência russa na campanha presidencial de 2016.
"Polícias sujos"
Trump, que negou sempre qualquer conspiração com Moscovo, lança sempre que pode fortes críticas à investigação sobre as suas ligações à Rússia, conduzida há vários meses pelo procurador-geral dos Estados Unidos, Robert Mueller.

Desta vez, o Presidente dos EUA aproveitou a presença dos jornalistas para acusar as antigas direções do FBI e do Departamento de Justiça de serem constituídas por "canalhas conhecidos" e "polícias sujos".

A decisão de demitir o antigo diretor do FBI James Comey é uma das questões a ser analisadas pelo procurador especial Robert Mueller, no âmbito da investigação sobre o alegado conluio entre a equipa de campanha de Donald Trump e o Governo russo para interferir nas eleições presidenciais de 2016.

c/ agências
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