Trump volta a exigir aos aliados da NATO mais gastos com defesa

por Inês Geraldo - RTP
Donald Trump discursa pela primeira vez em cimeiras da NATO Reuters

À entrada para a Cimeira da NATO, em Bruxelas, Donald Trump voltou esta quinta-feira a abordar a luta contra o terrorismo, reafirmando a necessidade de união entre os aliados para enfrentar grupos como o Estado Islâmico. O Presidente norte-americano aproveitou ainda o momento para insistir no aumento da despesa militar por parte dos países-membros. E pediu um minuto de silêncio pelas vítimas do atentado em Manchester.

No dia da inauguração da nova sede da NATO e de um monumento evocativo dos ataques do 11 de Setembro, em Bruxelas, Donald Trump começou por endereçar condolências a Theresa May, primeira-ministra britânica, pedindo um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque na cidade de Manchester, que foi integralmente cumprido por todos os presentes.“O terrorismo tem de acabar ou o horror que acabámos de ver em Manchester e em muitos outros lugares vai continuar para sempre”.

Num discurso em que descreveu mais um atentado no Reino Unido como “bárbaro” e “selvagem”, Donald Trump não poupou palavras para falar sobre os autores de ataques terroristas, voltando a chamá-los de “falhados”.

O Presidente norte-americano pediu uma luta impiedosa contra o terror, afirmando que os Estados Unidos vão estar sempre na linha da frente contra o terrorismo.

Mas no topo da agenda de Donald Trump estão ainda os orçamentos de defesa dos países-membros da Aliança Atlântica. O sucessor de Barack Obama tornou a mostrar-se crítico.

Com palavras duras, o Presidente norte-americano afirmou que as avultadas quantias devidas à NATO são injustas para os cidadãos dos Estados Unidos e que é altura de todos pagarem, de forma justa, a sua parte.

Em causa está um compromisso firmado em 2014 no País de Gales, ao abrigo do qual, no espaço de dez anos, todos os países da NATO teriam de destinar dois por cento do PIB para despesas militares.

Trump queixou-se que apenas cinco países cumprem esta norma, explicando que os Estados Unidos contribuem mais para a Aliança do que todos os outros membros combinados.

A Rússia foi também um dos pontos centrais do discurso de Trump. Apesar de estar a ser investigado nos Estados Unidos por possível conluio com os russos durante a campanha eleitoral norte-americana, o Presidente dos Estados Unidos afirmou que um dos objetivos da NATO passa por perceber a ameaça que o Kremlin pode representar para as fronteiras do leste europeu.
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