"Uber chinês" vota saída de Wall Street

por Lusa
A Didi, conhecida como o "Uber chinês", vai votar a saída de Wall Street Reuters

A Didi, conhecida como o "Uber chinês", agendou uma assembleia extraordinária de acionistas para 23 de maio para votar a saída de Wall Street, um anúncio que fez cair significativamente o valor das suas ações.

Até esta semana, as ações da Didi listadas em Nova Iorque perderam mais de 18,5%, elevando a queda acumulada desde a estreia da empresa na bolsa para quase 87%.

A empresa tecnológica avançou com uma oferta pública inicial em junho do ano passado, apesar da aparente oposição do governo chinês.

No entanto, apenas dois dias após a estreia, as autoridades chinesas abriram uma investigação de cibersegurança - ainda ativa - contra a Didi e proibiram tanto o "download" das suas aplicações como o registo de novos utilizadores a nível nacional.

Depois disso, em dezembro, a empresa anunciou planos para se retirar do mercado norte-americano e preparar-se para uma nova oferta pública inicial em Hong Kong, embora na convocatória da reunião de 23 de maio diga que não se candidatará à cotação noutras bolsas até votar e, posteriormente, completar o seu processo de retirada de Nova Iorque.

Esta última decisão deve-se a um desejo de "cooperar melhor com a investigação de segurança e medidas de retificação" exigidas pelas autoridades nacionais, pode ler-se na mesma nota.

A crise em que a empresa tem estado envolvida faz parte da campanha regulamentar levada a cabo por Pequim no setor digital, que tem afetado particularmente empresas importantes como a gigante do comércio eletrónico Alibaba.

Como resultado, a Didi registou no ano financeiro de 2021 perdas quatro a cinco vezes superiores em relação ao ano anterior.

 

Tópicos
pub