Ucrânia apresenta pedido de "adesão acelerada" à NATO, anuncia Zelensky

por Andreia Martins - RTP
Valentyn Ogirenko - Reuters

O presidente ucraniano anunciou esta sexta-feira que o país apresentou a sua candidatura formal para adesão à NATO. A decisão é anunciada no mesmo dia em que Vladimir Putin anunciou a anexação de mais quatro regiões ucranianas, que juntas constituem 15 por cento do território do país.

Através de uma publicação no Telegram, Volodymyr Zelensky considerou que a Ucrânia “já está de facto na NATO”.



“Confiamos uns nos outros, ajudamo-nos uns aos outros e protegemo-nos uns aos outros. Esta é a nossa aliança. De facto. Hoje, a Ucrânia está se candidatando para torná-lo de direito”, vincou o presidente ucraniano.

"Já provámos a nossa compatibilidade com os padrões da aliança. Estamos a dar um passo decisivo ao assimir o pedido de adesão acelerada da Ucrânia à NATO", acrescentou.

Em resposta a Vladimir Putin, o presidente ucraniano afirmou ainda que o país não irá negociar com a Rússia enquanto o presidente Vladimir Putin estiver no poder.

Volodymyr Zelensky garante ainda que os ucranianos vão continuar a tentar a libertação da "totalidade" do território ucraniano.

Em fevereiro último, a possibilidade de uma futura adesão da Ucrânia à NATO foi considerada como um dos principais motivos para a invasão russa. Na altura, Moscovo exigia garantias de que Kiev nunca faria parte da aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

Nas primeiras semanas da invasão russa, o presidente ucraniano chegou mesmo a afirmar que a Ucrânia deixaria de insitir no pedido de adesão, reconhecendo que a NATO "ainda não está pronta para aceitar a Ucrânia".
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