Ucrânia convidada para participar na cimeira da NATO onde estará Trump

A Ucrânia foi convidada para participar na próxima cimeira da NATO, que vai acontecer nos Países Baixos de 24 a 26 de junho. Mark Rutte, secretário-geral da Aliança Atlântica, confirmou esta quarta-feira que fez esse convite, sem especificar ainda nesta altura se o próprio Volodymyr Zelensky vai estar presente. A Casa Branca havia confirmado que o presidente norte-americano, Donald Trump, vai estar presente.

Alexandre Brito - RTP /
Valdemar Doveiko - EPA

Em declarações na manhã desta quarta-feira, antes de uma reunião com os ministros da Defesa em Bruxelas, Mark Rutte afirmou que os aliados vão "aprimorar" na próxima reunião da NATO as capacidades de dissuassão e defesa com novas e ambiciosas metas.

"Essas metas definem quais forças e capacidades concretas cada aliado precisa fornecer para fortalecer a nossa dissuasão e defesa. Defesa aérea e antimísseis, armas de longo alcance, logística e grandes formações de manobra terrestre estão entre nossas principais prioridades", afirmou Rutte.

A meta atual de gastos com defesa da NATO é de dois por cento do PIB, o que já foi atingido ou superado por 22 de seus 32 membros - Portugal ainda não chegou a esse valor.

Há, no entanto, vários líderes da Aliança Atlântica - a começar por Donald Trump - que afirmam que essa meta não é suficiente perante os novos desafios, em particular a Rússia, uma ameaça maior desde a invasão da Ucrânia.
Objetivos da Aliança Atlântica
Ainda nesta conferência de imprensa, Mark Rutte disse que a NATO precisa de mais recursos, forças e capacidades para estar preparada para qualquer ameaça e implementar por inteiro os planos de defesa coletiva. Nesse sentido, no topo das prioridades estão as armas de longo alcance, logística e formações de manobras terrestres.

Estes objetivos, que vão ser alinhados na próxima cimeira, vão estabelecer as forças militares e capacidades concretas que todos os aliados terão que fornecer para fortalecer a dissuasão e defesa.

Questionado sobre o envolvimento norte-americano na NATO, Rutte afirmou que "não há planos neste momentos para que os Estados Unidos retirem militares da Europa" e que Trump está "totalmente comprometido" com o artigo 5 da NATO que estabelece que um ataque a um membro da aliança representa um ataque contra todos.

Mas logo acrescentou que esse compromisso está ligado à expetativa de que a Europa e o Canadá vão gastar "muito mais em defesa" nos próximos tempos.
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