Ucrânia. Polícia registou mais de 16.000 mortes desde início da guerra

por Lusa

A Polícia Nacional da Ucrânia registou a descoberta dos corpos de 16.502 pessoas desde o início da invasão russa e até início deste ano, segundo dados publicados hoje pela organização de direitos humanos ZMINA.

Os mortos foram contabilizados entre 24 de fevereiro de 2022 e 03 de janeiro deste ano e quase um terço dos quais na região de Donetsk, sob controlo parcial das forças pró-russas.

Naquela província, formalmente anexada por Moscovo em setembro, 4.746 pessoas morreram devido à guerra, enquanto em Kharkiv (nordeste) morreram 3.748 e em Mykolaiv (sul) 2.207.

Além disso, a polícia descobriu um total de 21 valas comuns nos territórios retomados pela Ucrânia às forças russas, contendo 1.033 corpos, civis e soldados.

Destas, 14 foram encontradas na região da capital, Kiev, com um total de 144 corpos, três em Donetsk (com 316), duas em Kharkiv (com 495) e duas em Kherson (com 46).

A maioria dos corpos exumados tinha ferimentos de bala ou estilhaços de explosivos, disse a polícia em resposta à organização de direitos humanos, embora neste último caso não seja possível fornecer estatísticas conclusivas sobre a causa da morte.

A ONU apresentou como confirmados, desde o início da ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia, 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

A guerra causou também o deslocamento interno e para fora da Ucrânia de mais de 14 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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