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Guerra na Ucrânia
Ucrânia. Volodymyr Zelensky repete pedido por sistemas de defesa aérea aos aliados
O presidente ucraniano advertiu este domingo os seus aliados ocidentais de que a Rússia está a "aproveitar" as atenções desviadas para Gaza para intensificar os seus ataques.
Volodymyr Zelensky falou ao telefone duas vezes em dois dias com o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e este domingo com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, tentando manter a pressão para que as negociações de paz com a Rússia não esmoreçam.
"A Rússia está a aproveitar a situação atual - o facto do Médio Oriente e dos problemas internos de cada país estarem a atrair a máxima atenção. Os ataques russos tornaram-se ainda mais desprezíveis", alertou.
Zelensky não revelou se insistiu com Trump quanto à entrega de mísseis norte-americanos Tomahawk, de longo alcance. Moscovo reagiu em fúria a esta possibilidade.
"Vemos e ouvimos que a Rússia tem medo que os americanos nos dêem Tomahawks, o que é um sinal de que tal pressão pode funcionar pela paz", referiu o presidente ucraniano este domingo.
Aos microfones da Fox News, para o programa Sunday Briefing, Zelenskiy garantiu que a Ucrânia usaria os mísseis Tomahawk apenas para fins militares e que não atacaria alvos civis na Rússia.
Trump tem estado a avaliar a hipótese de fornecer estes mísseis a Kiev, que permitiriam aos ucranianos atingir alvos no interior do território russo.
Telefonemas com Trump e Macron
Na rede X, o presidente da Ucrânia referiu-se ao teor dos telefonemas com o homólogo norte-americano, referindo que "abrangemos todos os aspetos da situação: defendendo o nosso país, reforçando as nossas capacidades - em defesa antiaérea, resistência e capacidades de longo alcance".
Um pouco antes referiu ter informado Emmanuel Macron sobre as necessidades prioritárias da Ucrânia. "Em primeiro lugar sistemas de defesa anti-aérea e mísseis", especificou. "Antes de mais", disse, baterias antiaéreas americanas, Patriot.
O apelo de Volodymyr Zelensky aos seus aliados surge numa altura em que a Rússia intensificou os ataques nocturnos com drones e mísseis contra a Ucrânia, visando sobretudo o sistema energético do país com a aproximação do Inverno. De acordo com Zelensky, na última semana, "mais de 3.100 drones, 92 mísseis e cerca de 1.360 bombas planadoras foram utilizados contra a Ucrânia".
Na sexta-feira, um dos maiores ataques russos contra o sistema energético da Ucrânia deixou grande parte da capital, Kiev, e outras nove regiões às escuras. No sábado, várias partes da região sul de Odessa ficaram sem energia.
Moscovo não deixou de contestar o apelo de Zelensky, depois de ter garantido que a entrega dos mísseis Tomahawk não alteraria em nada a situação na frente de guerra, no leste da Ucrânia, onde as suas forças têm avançado lentamente.
Receios russos
Há 11 dias, o presidente Vladimir Putin advertiu contudo que o envio para Kiev destas armas provocaria "uma nova escalada" entre Moscovo e Washington, já que "a utilização dos Tomahawk seria impossível sem a participação direta dos militares norte-americanos".
Donald Trump tenta há dez meses conseguir a paz entre Moscovo e Kiev mas a sua mais recente reunião com Putin, a 15 de agosto, no Alasca, seguida de um encontro com Zelensky na Casa Branca, voltou a redundar num fracasso.
Este domingo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou para "um momento verdadeiramente dramático em termos de crescentes tensões em todos os lados".
"A questão do Tomahawk é de extrema preocupação para nós", enfatizou.
"A Rússia está a aproveitar a situação atual - o facto do Médio Oriente e dos problemas internos de cada país estarem a atrair a máxima atenção. Os ataques russos tornaram-se ainda mais desprezíveis", alertou.
Zelensky não revelou se insistiu com Trump quanto à entrega de mísseis norte-americanos Tomahawk, de longo alcance. Moscovo reagiu em fúria a esta possibilidade.
"Vemos e ouvimos que a Rússia tem medo que os americanos nos dêem Tomahawks, o que é um sinal de que tal pressão pode funcionar pela paz", referiu o presidente ucraniano este domingo.
Aos microfones da Fox News, para o programa Sunday Briefing, Zelenskiy garantiu que a Ucrânia usaria os mísseis Tomahawk apenas para fins militares e que não atacaria alvos civis na Rússia.
Trump tem estado a avaliar a hipótese de fornecer estes mísseis a Kiev, que permitiriam aos ucranianos atingir alvos no interior do território russo.
Telefonemas com Trump e Macron
Na rede X, o presidente da Ucrânia referiu-se ao teor dos telefonemas com o homólogo norte-americano, referindo que "abrangemos todos os aspetos da situação: defendendo o nosso país, reforçando as nossas capacidades - em defesa antiaérea, resistência e capacidades de longo alcance".
Um pouco antes referiu ter informado Emmanuel Macron sobre as necessidades prioritárias da Ucrânia. "Em primeiro lugar sistemas de defesa anti-aérea e mísseis", especificou. "Antes de mais", disse, baterias antiaéreas americanas, Patriot.
O apelo de Volodymyr Zelensky aos seus aliados surge numa altura em que a Rússia intensificou os ataques nocturnos com drones e mísseis contra a Ucrânia, visando sobretudo o sistema energético do país com a aproximação do Inverno. De acordo com Zelensky, na última semana, "mais de 3.100 drones, 92 mísseis e cerca de 1.360 bombas planadoras foram utilizados contra a Ucrânia".
Na sexta-feira, um dos maiores ataques russos contra o sistema energético da Ucrânia deixou grande parte da capital, Kiev, e outras nove regiões às escuras. No sábado, várias partes da região sul de Odessa ficaram sem energia.
Moscovo não deixou de contestar o apelo de Zelensky, depois de ter garantido que a entrega dos mísseis Tomahawk não alteraria em nada a situação na frente de guerra, no leste da Ucrânia, onde as suas forças têm avançado lentamente.
Receios russos
Há 11 dias, o presidente Vladimir Putin advertiu contudo que o envio para Kiev destas armas provocaria "uma nova escalada" entre Moscovo e Washington, já que "a utilização dos Tomahawk seria impossível sem a participação direta dos militares norte-americanos".
Donald Trump tenta há dez meses conseguir a paz entre Moscovo e Kiev mas a sua mais recente reunião com Putin, a 15 de agosto, no Alasca, seguida de um encontro com Zelensky na Casa Branca, voltou a redundar num fracasso.
Este domingo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou para "um momento verdadeiramente dramático em termos de crescentes tensões em todos os lados".
"A questão do Tomahawk é de extrema preocupação para nós", enfatizou.
Estas armas "podem ser nucleares ou não nucleares", referiu, mencionando um dos maiores receios russos. "Imaginem, um míssil de longo alcance levanta voo, e sabemos que pode estar equipado com uma ogiva nuclear. O que é que a Federação Russa deve pensar?", questionou na televisão estatal.
Desde o início da guerra com a Ucrânia, Moscovo brandiu várias vezes a ameaça nuclear como deterrente da intervenção ocidental junto de Kiev.