UE alerta para instabilidade na Síria como risco de terrorismo para a Europa
A instabilidade na Síria pode representar riscos de segurança para a União Europeia e os seus Estados-Membros, concluiu um documento interno da UE sobre a luta contra o terrorismo que revela preocupações com a eventual deslocação de grupos jihadistas para a Europa. Apesar do otimismo europeu em relação à nova liderança na Síria, as autoridades europeias estão preocupadas com a volatilidade da situação no país. Seis meses após a transição política, Donald Trump acenou esta segunda-feira com a possibilidade de tirar as sanções à Síria, que continuam a ser um obstáculo à recuperação económica do país.
"O terrorismo e o extremismo violento continuam a representar uma
ameaça significativa para a União Europeia e para os seus
Estados-Membros, e o nível global de ameaça continua a ser elevado", refere o documento da UE a que a Reuters teve acesso. "O terrorismo islâmico/jihadista continua a ser a ameaça mais
proeminente para a União Europeia", alerta o documento de 9 de
maio.
Segundo o documento interno da UE sobre a luta contra o terrorismo, a "evolução da situação de segurança na Síria pode levar ao
ressurgimento de grupos (extremistas) na região, quer com risco de
partida do território sírio, possivelmente para a Europa, quer através
da ativação remota de (extremistas) no continente europeu".
Após o derrube do antigo presidente sírio Bashar a-Assad, em dezembro, os líderes europeus têm-se mostrado cautelosamente otimistas em relação à nova liderança da Síria.
A União Europeia teme que com a transição política se formem grupos terroristas no país ou que sejam libertados prisioneiros envolvidos em atividades extremistas no passado.
Trump pondera fim das sanções à Síria
Também esta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta segunda-feira que pode aliviar as sanções dos EUA à Síria em resposta às questões colocadas pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
"Podemos tirá-las da Síria, porque queremos dar um novo começo", disse Trump aos jornalistas.
Questionado por "muitas pessoas" sobre as sanções impostas pelos EUA à Siria, nomeadamente pelo seu homólogo turco, Donald Trump argumentou que "a forma como os
sancionámos não lhes dá grande vantagem. Por isso, queremos ver se os
podemos ajudar".
A Síria tem enfrentado dificuldades para atender às exigências impostas por Washington como condição para o alívio das sanções norte-americanas. Essas sanções mantêm o país afastado do sistema financeiro internacional e tornam a recuperação económica difícil após 14 anos de guerra intensa no país.
c/agências