UE quer aliança forte com EUA para resolver "tragédia" no Médio Oriente sem esquecer Ucrânia
O presidente do Conselho Europeu considerou hoje necessária uma aliança mais forte entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA), principalmente para resolver "a tragédia" no Médio Oriente e continuar a apoiar a Ucrânia.
"O conflito no Médio Oriente é uma tragédia, há tanto sofrimento, tantas imagens desoladoras. Queria agradecer-lhe pelo seu envolvimento, por visitar a região e trabalhar para uma influência positiva", referiu Charles Michel, dirigindo-se ao Presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington.
O presidente do Conselho acrescentou que é preciso trabalhar "dia e noite" para ajudar "os mais vulneráveis na Palestina com as suas necessidades urgentes" e tentar relançar as negociações para uma solução de dois Estados (palestiniano e israelita).
"A UE nasceu como um projeto de paz e vamos continuar a trabalhar incansavelmente para ajudar a acabar com este ciclo de violência", completou.
Em simultâneo, Charles Michel lembrou o democrata Biden que no território europeu "a Rússia continua a fazer chover mísseis" sobre a população ucraniana.
Os 27 "continuam concentrados em dar um apoio forte à Ucrânia" e, numa altura em que nos Estados Unidos a continuidade do apoio é colocada em causa por uma paralisia do Congresso, o presidente do Conselho agradeceu todo o apoio que Washington deu até hoje e usou a frase que quer que os EUA retenham: "Durante o tempo que for necessário".
"A UE e os EUA estão a forjar uma frente para enfrentar todos estes desafios de cabeça. Trabalhando juntos, apoiando-nos, é do nosso interesse mútuo e é bom para o mundo", finalizou.