Mundo
Guerra na Ucrânia
Um ano de guerra. NATO "determinada a ajudar a Ucrânia", Kiev prepara contraofensiva
A Aliança Atlântica disse esta sexta-feira, data em que se assinala um ano da guerra iniciada pela Rússia, estar "determinada a ajudar a Ucrânia", elogiando o país por ter conseguido manter neste período "a firmeza do povo ucraniano". As declarações chegam no mesmo dia em que Kiev anunciou a preparação de uma contraofensiva "no ar, na terra, no mar e no ciberespaço".
"Hoje, nós, como Aliados, reafirmamos a nossa solidariedade para com o Governo e o povo da Ucrânia na defesa heroica da sua nação, da sua terra, e dos nossos valores comuns", lê-se numa declaração divulgada a propósito do aniversário da guerra.
"Prestamos homenagem às vidas perdidas e deploramos o trágico sofrimento humano e a destruição, incluindo das áreas residenciais da Ucrânia e das infraestruturas civis e energéticas, causados pela guerra ilegal da Rússia".
"Estamos a intensificar ainda mais o nosso apoio político e prático à Ucrânia e continuaremos a apoiá-la enquanto for necessário, para que prevaleça", refere a NATO. A Aliança defendeu ainda que a Rússia deve pôr um fim "imediato" a esta "ofensiva ilegal" e que terá de responder pelos seus "crimes de guerra". "A Rússia tem total responsabilidade por esta guerra, que constitui uma violação flagrante do direito internacional e da Carta das Nações Unidas", frisou a NATO, relembrando que Moscovo "nunca se mostrou verdadeiramente disposta a trabalhar por uma paz justa e duradoura".
A NATO sublinha também que "a guerra da Rússia ameaça igualmente a segurança global", sustentando que "a chantagem energética da Rússia, o seu impacto no fornecimento global de alimentos, as suas atividades híbridas malignas, a sua campanha mundial de desinformação e a sua retórica nuclear irresponsável demonstram claramente o desrespeito da Rússia pelas normas internacionais e pelo bem-estar de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo".
No comunicado, os países-membros da NATO condenam "todos aqueles, e em particular a Bielorrússia, que facilitam ativamente a guerra liderada pela Rússia", sublinhando ainda que os “crimes de guerra e outras atrocidades perpetradas pelos russos não podem ficar impunes".
Kiev “a trabalhar arduamente” numa contraofensiva
A Organização do Tratado do Atlântico Norte concluiu a mensagem repetindo a que, enquanto "aliança defensiva", está pronta a defender "cada centímetro do território aliado".
"O nosso compromisso com o Tratado de Washington, incluindo o Artigo 5.º, é revestido a ferro. A NATO está mais forte e mais unida do que nunca", declarou.
"Saudamos a escolha da Finlândia e da Suécia de se tornarem membros da NATO e reafirmamos o nosso compromisso com a política de portas abertas", dizem os Aliados, acrescentando que continuarão a reforçar a sua "parceria com a Ucrânia à medida que esta avança nas suas aspirações euro-atlânticas", assim como com outros países "mais expostos à influência maligna da Rússia".
"Os esforços da Rússia para quebrar a determinação do povo corajoso da Ucrânia estão a falhar. Um ano depois, os ucranianos estão a lutar corajosamente pela liberdade e independência. Nós estamos com eles", termina a declaração.
As palavras da NATO são conhecidas no mesmo dia em que a Ucrânia disse estar a preparar uma contraofensiva contra as forças russas.
"Vamos atacar com mais força, a maiores distâncias, no ar, na terra, no mar e no ciberespaço. A nossa contraofensiva vai realizar-se. Estamos a trabalhar arduamente para a preparar", anunciou o ministro ucraniano da Defesa, Oleksi Reznikov, numa mensagem publicada no Facebook.
c/ agências