União Africana saúda acordo e pede "esforços redobrados" para a paz duradoura em Moçambique

por Lusa

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki, saudou hoje o acordo "histórico" assinado na quinta-feira entre o Governo moçambicano e a Renamo, pedindo esforços redobrados para uma paz "duradoura e sustentável" no país.

"O presidente da Comissão da União Africana saúda a assinatura do acordo de paz [...] para acabar com as hostilidades armadas entre as forças do Governo e o braço armado da Renamo como um marco histórico no caminho para o silenciamento das armas em Moçambique", adiantou Moussa Faki, num comunicado, assinado pela sua porta-voz, Ebba Kalondo.

O líder da UA apelou, por outro lado, às duas partes para que "mantenham o atual momento positivo e redobrem os esforços para a paz duradoura e sustentável, a reconciliação e a estabilidade no país".

Moussa Faki reiterou ainda o "compromisso permanente" da União Africana no apoio ao processo de paz moçambicano, bem como aos esforços do Governo para atingir o desenvolvimento socioeconómico em Moçambique.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, assinaram na quinta-feira o acordo de cessação das hostilidades no Parque Nacional da Gorongosa, província de Sofala, centro do país, para acabar, formalmente, com os confrontos entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição.

Trata-se do terceiro acordo entre o Governo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), e a Renamo, depois da assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma de 1992 e do acordo de cessação das hostilidades militares em 2014, na sequência de uma nova vaga de confrontos entre as duas partes.

O Presidente moçambicano e o líder da Renamo vão assinar ainda este mês um acordo geral de paz final, que será depois submetido como proposta de lei ao parlamento, disse à Lusa um responsável do principal partido da oposição em Moçambique.

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