Venezuela acusa Donald Trump de querer “provocar uma revolução militar” no país

por RTP
Eduardo Munoz - Reuters

Caracas respondeu, esta quarta-feira, às declarações do presidente norte-americano à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas que decorre em Nova Iorque.

O discurso de Donald Trump na Assembleia Geral das Nações Unidas, esta terça-feira, consistiu, principalmente, em ameaças ao Irão e à China,  e tratou a situação política na península coreana e a crise na Venezuela.

Sobre a crise económica e humanitária venezuelana, o presidente norte-americano acusou o regime de Nicolas Maduro de ter levado à “pobreza extrema” a sua população e que esta é uma “tragédia humana” num país que “era rico em petróleo mas que agora é pobre”.

Porém, a declaração mais polémica veio quando o presidente norte-americano disse à imprensa presente na sede da ONU, à margem de uma reunião com o presidente colombiano, Iván Duque, que o regime de Nicolas Maduro “poderia ser derrotado rapidamente se os militares [venezuelanos] decidirem fazer isso”.

O destaque mediático dado a esta declaração levou o governo venezuelano a responder. Caracas acusou Donald Trump de “promover uma insurreição militar contra o presidente Nicolas Maduro”. Em comunicado, o governo venezuelano expressa “a sua maior rejeição às declarações belicistas e intervencionistas proferidas pelo presidente dos Estados Unidos (…) que têm como objetivo incentivar uma revolução militar no país”.

A Venezuela é um dos países da América Latina com maior número de emigrantes portugueses. Ainda com Hugo Chávez como presidente, a Venezuela entrou numa grave crise socioeconómica que já obrigou milhares de pessoas a fugirem do país. A Venezuela é liderada por Nicolas Maduro desde 2013.
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